Artistas acampam próximo da Fifa Fan Fest de SP em protesto contra despejo

Aproximadamente 50 pessoas acampam no Vale do Anhangabaú, centro da capital paulista, ao lado do Fifa Fan Fest, local onde estão sendo exibidos os jogos da Copa do Mundo para um público de cerca de 30 mil pessoas. Os manifestantes protestam contra o despejo de grupos culturais que ocupavam a antiga Escola de Bailado, também […]

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Aproximadamente 50 pessoas acampam no Vale do Anhangabaú, centro da capital paulista, ao lado do Fifa Fan Fest, local onde estão sendo exibidos os jogos da Copa do Mundo para um público de cerca de 30 mil pessoas. Os manifestantes protestam contra o despejo de grupos culturais que ocupavam a antiga Escola de Bailado, também no centro, desde maio deste ano. Eles levam atividades artísticas a pessoas em situação de risco, como moradores de rua.

Átila Pinheiros, integrante do Movimento Nacional pela População de Rua, explica que os artistas que participam do acampamento trazem várias reivindicações. “Mas o que nos une é a necessidade de um espaço na cidade, especificamente no centro, no Vale do Anhangabaú, porque aqui é o território dos menores de idade em situação de rua.”

Os artistas dizem que foram removidos no dia 18 de junho pela Guarda Civil Metropolitana. De acordo com Átila, o espaço na Escola de Bailado está sublocado para a Federação Internacional de Futebol (Fifa), e funciona como depósito. “Tem muitos espaços ociosos na cidade, mas há uma burocracia muito grande para conseguir uma sala.”

Na área do acampamento, os artistas seguem com a programação cultural voltada aos moradores de rua. Mesmo sob chuva, os artistas fazem oficinas de música, poemas, escrita, artes plásticas, ornamentos, audiovisual, palestras sobre conjuntura política e até confecção de máscaras africanas com restos de lixo. Átila conta que trabalha também com usuários de drogas.

Entre os artistas acampados estava o chileno Alonso Fleming, que pratica malabares. Ele chegou há cinco dias ao Brasil e conta que viajou para conhecer culturas e compartilhar experiências. Ele pretende fica mais dois meses no país. Assim como ele, outros estrangeiros – da Colômbia e Argentina – participam do acampamento.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Cultura, que ainda não enviou uma resposta sobre as reivindicações.

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