A aposentada Neide Franco da Silva, de 54 anos de idade, está entrando em desespero por não ter opções de tratamento para o ex-marido, acometido de câncer no cérebro.

Segundo ela, mesmo em estado crítico, os médicos da Unidade de Pronto Atendimento UPA do Bairro Universitário insistem em liberar seu ex-marido “para morrer em casa”,em vez de conseguirem uma vaga em um hospital para dar sequência ao tratamento.

Segundo Neide, desde maio do ano passado vem lidando com as dificuldades. Naquela oportunidade foi detectado um tumor no cérebro de Joélcio Medeiros da Silva, 60 anos. Mas, de lá para cá a situação se agravou e exames mostram que mais dois tumores surgiram e além disso o pulmão também está sendo afetado.

“Tenho exames que comprovam o agravamento da situação. Na terça-feira (11) vim com ele ao UPA. Deram remédios e liberaram. No entanto, ontem (quarta-feira) ele voltou a sentir dores, teve taquicardia e falta de ar. Corri novamente com ele para o posto. Agora disseram que vão liberá-lo novamente, mas não há qualquer condição de ir para casa”, desabafou.

Neide afirma ainda que tentou com o Samu que levassem o ex-marido para a Santa Casa, mas a respostas é de que no hospital não há vaga disponível. “Está um jogo de empurra e enquanto isto a situação dele está se agravando. Já não sei mais a quem recorrer”, afirma.