Após tragédia com balsa, primeiro-ministro da Coréia do Sul renuncia

O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Chung Hong-won, renunciou ao cargo hoje (27) após assumir a responsabilidade pela tragédia relacionada ao naufrágio de uma balsa, que resultou na morte e desaparecimento de aproximadamente 300 pessoas. Segundo informações da  Xihuan,  agência de notícias oficial chinesa. O  premiê sul-coreano disse que a coisa certa a fazer é […]

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O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Chung Hong-won, renunciou ao cargo hoje (27) após assumir a responsabilidade pela tragédia relacionada ao naufrágio de uma balsa, que resultou na morte e desaparecimento de aproximadamente 300 pessoas. Segundo informações da  Xihuan,  agência de notícias oficial chinesa. O  premiê sul-coreano disse que a coisa certa a fazer é “assumir a responsabilidade e renunciar”, em entrevista à imprensa em Seul.

Chung Hong-won admitiu também que existem “irregularidades e malfeitos na sociedade sul-coreana” que ele disse “esperar que sejam corrigidos para que acidentes como esse não ocorram novamente”.

A presidenta da Coreia do Sul, Park Geun-hye recebeu o pedido de demissão de Chung, mas disse que ele só deixará o cargo após o fim das buscas por sobreviventes da tragédia que ocorreu no último dia 16. Segundo o porta-voz da Presidência da República da Coreia, Min Kyung-wook, a presidenta Park aceitou a renúncia, mas considerou que concluir a operação de resgate é a questão mais importante no momento. A presidenta precisará reformular todo o seu gabinete após a saída do primeiro-ministro.

A decisão de Chung Hong-won de renunciar foi vista pela oposição no país como um ato de irresponsabilidade e covardia. Na opinião do líder oposicionista Ahn Cheol-soo ele estaria “abandonando a situação”. O primeiro-ministro já vinha sendo hostilizado por amigos e parentes das vítimas em suas aparições nas operações de busca.

A balsa de mais de 6 mil toneladas naufragou quando se dirigia para a ilha de veraneio de Jeju, a Oeste de Seul. Inicialmente 180 pessoas morreram e 110 continuam desaparecidas, sendo a maioria das vítimas estudante. A maior tragédia marítima da história da Coreia do Sul provocou críticas da população ao governo, que foi considerado falho durante as operações de resgate, e à companhia que operava a balsa, que é acusada de negligência e abandono dos passageiros.

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