Após reunião com o Celso Cestari, sem-terra deixam prédio do Incra
Depois de mais de 10 horas na sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária),integrantes do movimento sem-terra desocuparam o prédio após reunião com o Superintendente do órgão, Celso Cestari. Hoje em Mato Grosso do Sul são 180 assentamentos com 30 mil famílias, durante a reunião o Superintendente reacendeu a esperança de novos […]
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Depois de mais de 10 horas na sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária),integrantes do movimento sem-terra desocuparam o prédio após reunião com o Superintendente do órgão, Celso Cestari.
Hoje em Mato Grosso do Sul são 180 assentamentos com 30 mil famílias, durante a reunião o Superintendente reacendeu a esperança de novos assentamentos. De acordo com Cestari, são aproximadamente 49 hectares, divididos entre três ou quatro áreas, que podem ser usada para abrigar as famílias, fora quatro terrenos ofertados para o Incra, que já estão sendo analisados.
Cestari informou aos manifestantes que o Incra já recebeu decisão jurídica positiva para terras em Naviraí, Três Lagoas e Ponta Porã, a expectativa e de que entre junho e julho os processos sejam encaminhados para Brasília, dando inicio aos assentamentos.
De acordo com o Superintendente, antes que qualquer decisão, o Incra precisa cumprir seu dever. Ele informou que existem famílias que não recebem os créditos garantidos por lei a mais de 5 anos. Antes da reunião, os lideres do movimento e os funcionários em cargo de chefia do Incra se reuniram e montaram uma lista cronológica para o pagamento dos créditos, são mais de 16 milhões a serem pagos para os assentados.
Impasse
Durante a tarde desta segunda-feira (5), Cestari se reuniu com o Ministério Público Federal em Campo Grande, que apresentou um Termo de Ajuste de Conduta. O documento previa a retirada das oito mil famílias “ilegais”, para que novas famílias fossem contempladas.
Mas segundo Jonas Carlos da Conceição, coordenador da direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), isso está muito longe da realidade, para ele, dessas famílias muitas estão a penas devendo documentos e ainda assim a carência é de entorno de 17 mil famílias aguardando vagas nos assentamentos.
Cestari, afirma que não vai assinar o documento de maneira alguma, pois fazer isso é tirar completamente a autonomia do Incra, é perder todo a trabalho já feito pela Reforma Agrária no Estado até agora.
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