Ao lado de Barbosa, vice da Câmara faz gesto de condenados do mensalão

O vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), reprisou durante a sessão de abertura do ano legislativo nesta segunda-feira um gesto que tem sido usado por condenados no julgamento do mensalão. Sentado ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, o petista ergueu em mais de uma oportunidade o punho cerrado para o […]

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O vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), reprisou durante a sessão de abertura do ano legislativo nesta segunda-feira um gesto que tem sido usado por condenados no julgamento do mensalão. Sentado ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, o petista ergueu em mais de uma oportunidade o punho cerrado para o alto, da mesma forma que fizeram o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado José Genoino quando foram presos, em 15 de novembro do ano passado.

“Muitos se cumprimentam com sinal de positivo ou sinal de vitória. No PT, é muito comum se cumprimentar com o L do Lula e a gente tem se cumprimentado assim (com o punho cerrado). Foi o símbolo de reação de companheiros que foram injustamente condenados. O ministro, presidente do Supremo, está em nossa Casa. Ele é um visitante, tem o nosso respeito, mas nós estamos bastante à vontade para cumprimentar do jeito que a gente achar que deve”, disse Vargas após a sessão, sem citar uma possível intenção de provocar Barbosa, relator do processo do mensalão.

Vargas não poupa críticas ao ministro. Ele considera o presidente da Corte cruel com o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que teve seus últimos recursos rejeitados em janeiro, mas ainda não foi preso. “Na verdade assim parece que ele está se comportando de forma sádica. Deu negativa dos recursos do João Paulo. Esperava-se que ele decretasse a prisão. E ele não deu. Saiu de férias e ainda de lá das férias criticou os ministros que não o fizeram. Age de forma perversa ao se comportar dessa forma”, disse.

Além do gesto e das críticas, o deputado petista também fez autorretratos (conhecidos como “selfies”) com seu celular durante a sessão, nos quais Barbosa aparece ao lado, mexendo no celular. “Ele também estava mexendo no celular. Estávamos os dois mexendo no celular. Estávamos que nem os adolescentes, que ficam conversando por Whatsapp (aplicativo de troca de mensagens). Não era com ele. Eu não tenho o celular do Joaquim Barbosa. A foto é padrão, eu estou mexendo no celular e ele também. Olha aqui”, disse, mostrando o celular para jornalistas.

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