Aos 60 anos, a Petrobras está com a saúde debilitada. Sente as dores de um endividamento de 36% de seu valor patrimonial, agravadas pela política de governo de importar combustíveis a preço acima do repassado aos consumidores, para segurar a .

Padece de produção estagnada de petróleo, 2,5% abaixo da prometida em 2013. E, não bastassem esses sintomas, a empresa lida agora com denúncias de corrupção relacionadas à compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que dificultam qualquer diagnóstico dos investidores.

Neste ano, o sobe-e-desce das ações tende a se manter, por esses motivos e sob o impacto eleitoral. Sinais de que o mercado aposta contra o governo já foram dados. Entre terça-feira, 17, e quinta-feira, 19, os papéis da Petrobras subiram mais de 7,0%, com o boato não confirmado de queda da presidente Dilma Rousseff nas intenções de voto.

Na sexta-feira, 21, veio o balde d’água fria: fosse hoje a eleição, Dilma seria reeleita no primeiro turno. As ações mantiveram o ritmo de alta, mas bem mais lento: as preferenciais avançaram pouco mais de 1,0%.

A crise de credibilidade derrubou o preço das ações da maior empresa nacional ao nível de setembro de 2005. A cotação, aquém do preço-alvo médio apontado para 2014, sugere potencial de valorização.