Ambulantes disfarçados de palhaços tentam vender para público de circo na Capital

Quem passa pelos altos da Avenida Afonso Pena nos horários que antecedem as sessões do Circo Tihany, instalado no local, acaba abordado por ambulantes vestidos de palhaços que tentam vender bugigangas, água e até vagas para estacionar. Os trabalhadores, no entanto, não fazem parte da trupe. Muitos dos espectadores reclamam das abordagens, que seriam feitas […]

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Quem passa pelos altos da Avenida Afonso Pena nos horários que antecedem as sessões do Circo Tihany, instalado no local, acaba abordado por ambulantes vestidos de palhaços que tentam vender bugigangas, água e até vagas para estacionar. Os trabalhadores, no entanto, não fazem parte da trupe.

Muitos dos espectadores reclamam das abordagens, que seriam feitas de forma ‘abrupta’ e mal educada’. Além disso, o Circo Tihany chega a incluir no espetáculo um alerta, explicando ao público que os ambulantes não têm nenhuma relação com a empresa.

“Os artistas do circo não fazem qualquer intervenção na cidade pedindo remuneração, tampouco fazem abordagens desagradáveis com o público”, ressalta a direção do circo.

Como os ambulantes vestidos de palhaço atuam em meio ao trânsito, abordando os automóveis a cada vez que os semáforos ficam vermelhos, ou aproveitando a lentidão no fluxo de veículos, muitos acionam a Agetran (Agência Municipal de Trânsito).

Os agentes de trânsito municipais, no entanto, afirmam que só podem agir em questões relacionadas ao trânsito. Questões ligadas à segurança pública, mesmo em vias públicas e relativas ao trânsito, não são competência do órgão. “Nós orientamos para que a pessoa denuncie, ligue no telefone 190, em casos como esses ou de cobrança indevida de estacionamento, por exemplo”, ressalta o chefe de divisão e operação de trânsito da Agetran, José Alves de Arruda Filho.

“Apenas trabalhando”

Os camelôs vestidos de palhaço são de diversos cantos do país: Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte. Todos afirmam que não incomodam e explicam que estão trabalhando. “Estamos apenas trabalhando. Temos filho para criar, fazemos isto há mais de vinte anos”, disse um deles.

Outro reclamou do que chama discriminação. “O circo nos persegue e chama a polícia, mas a polícia vem aqui e vê que a gente só está trabalhando, não tem o que ela fazer”, conta. Nenhum quis se identificar.

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