Ambientalistas fazem manifestação neste sábado contra a matança de javalis

Ambientalistas de diversas cidades do Brasil, inclusive Campo Grande, farão manifestação em frente às sedes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) na manhã deste sábado (24), contra a matança de javalis. Na Capital os manifestantes estarão na Euclides da Cunha, em frente ao Ibama, a partir das 8 horas. […]

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Ambientalistas de diversas cidades do Brasil, inclusive Campo Grande, farão manifestação em frente às sedes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) na manhã deste sábado (24), contra a matança de javalis. Na Capital os manifestantes estarão na Euclides da Cunha, em frente ao Ibama, a partir das 8 horas.

Os manifestantes pedem a suspensão imediata da caça ao animal em todo país; a criação, de órgão específico para monitoramento e fiscalização das atividades relacionadas aos javalis; participação de ativistas no referido órgão; esterilização em massa dos animais; criação de um santuário, para onde serão transferidos os animais doentes, feridos, ou órfãos; remanejamento de animais para o santuário ou reservas apropriadas, onde a superpopulação for um problema comprovado; proibição da entrada de javalis vindos de países vizinhos; e punição daqueles que agirem à margem da lei.

Confira abaixo na íntegra a explicação que está na descrição do evento no Facebook.

O javali europeu foi trazido para o Brasil por criadores, que abatiam e vendiam sua carne. Como o mercado para a carne de javali não rendeu o lucro esperado, os criadores simplesmente soltaram os javalis no mato.

Os criadores nunca foram fiscalizados ou penalizados pelo Ibama. Por se tratar de um espécie “exótica” (não nativa do Brasil), o javali não encontrou predadores e reproduziu em larga escala.

Hoje, mais de uma década depois, alguns javalis estão procurando alimento em plantações. Podem, em alguns casos, representar problemas para os agricultores, já que destroem parte da lavoura. O problema é maior no RS e em algumas áreas do MS. Algumas colônias de javali migraram para o Uruguai.

O Ibama não tomou nenhuma providência no sentido de coibir a soltura dos animais. Pressionado pelos agricultores, o Ibama publicou uma instrução normativa, permitindo a caça de javalis como forma de “controle” populacional. O Ibama não cumpriu seu papel, quando permitiu a introdução e soltura dos javalis, e agora, novamente, quer eximir-se de suas obrigações, permitindo um massacre aos animais.

Nunca houve uma regulamentação da produção de animais exóticos para o consumo, ou seja, os javalis eram criados e vendidos ilegalmente, sem nenhuma oposição pelo Ibama. O problema encontrou, então, a estupidez humana. Pessoas covardes estão aproveitando-se da anuência do Ibama para torturar, mutilar e matar animais.

Cães são criados para caçarem javalis. São colocados em rinhas com pequenos porcos ou bebês javali, para serem “treinados”. Os javalis vivem em grupos e tem forte senso de família. Quando um membro do grupo é atacado, os demais saem em sua defesa.

O “controle populacional”, na verdade é um show de horrores. Os javalis são atacados e dilacerados pelos cães. Os bebês são levados para as rinhas. Os cães terminam rasgados ou mortos.

As pessoas envolvidas na caça demonstram ódio aos animais, e profundo desvio comportamental. Publicam fotos e vídeos de tortura, onde regozijam-se pelo sofrimento dos bichos. Aproveitam-se da farra institucionalizada, e matam outros animais, cuja caça é proibida.

A instrução do Ibama diz que os caçadores devem ser registrados, no entanto, qualquer um anda armado e mata em nome do “controle populacional”. Como os próprios caçadores afirmam, 90% deles não tem autorização para a caça.

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