Uma aliança entre militantes islâmicos e outras facções rebeldes lutou contra combatentes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) no noroeste da Síria neste sábado, em ataques aparentemente coordenados contra o poderoso grupo ligado à Al Qaeda.

Ativistas disseram que dezenas de combatentes haviam sido mortos nos confrontos, que começaram na sexta-feira e podem ter sido provocados pelo aumento do ressentimento contra os membros radicais do EIIL, muitos deles jihadistas estrangeiros.

Um grupo que lutou contra o EIIL foi o recém-formado Exército Mujahideen, uma aliança de oito brigadas que acusa o grupo ligado à Al Qaeda de “sequestrar” sua luta para derrubar o presidente Bashar al-Assad.

O Mujahideen disse que os combatentes do EIIL estavam “minando a estabilidade e a segurança em áreas libertadas” por meio de roubos, sequestros e pela tentativa de impor a sua própria marca do Islã, e prometeu lutar até que o EIIL fosse dissolvido ou expulso da Síria.

A luta interna entre os oponentes de Assad tem reforçado seu poder à frente das negociações de paz que acontecerão em Genebra, em 22 de janeiro. Assad, apoiado por combatentes xiitas do Iraque e por milícias do Hezbollah no Líbano, fez os rebeldes recuarem ao redor de Damasco e na região central da Síria, e enfrenta pouca pressão para fazer concessões.