Além de ‘tecnomacumba’, espíritas são barrados pela Fundac para a Quinta Gospel

Primeiro barraram a ‘tecnomacumba’ de Rita Ribeiro, agora é a vez de os espíritas reclamarem espaço na Quinta Gospel, evento de música religiosa organizado pela Prefeitura de Campo Grande. Na Câmara Municipal, fala-se em rever a forma de aplicação – ou compreensão – da lei que instituiu o show. Na sessão desta terça-feira (12), o […]

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Primeiro barraram a ‘tecnomacumba’ de Rita Ribeiro, agora é a vez de os espíritas reclamarem espaço na Quinta Gospel, evento de música religiosa organizado pela Prefeitura de Campo Grande. Na Câmara Municipal, fala-se em rever a forma de aplicação – ou compreensão – da lei que instituiu o show.

Na sessão desta terça-feira (12), o vereador Eduardo Romero (PTdoB) mostrou ofício recebido da Fundac (Fundação Municipal de Cultura) pelo presidente do Instituto de Cultura Espírita de Mato Grosso do Sul, João Batista Paiva. No documento, datado de 4 de agosto deste ano, uma resposta ao pedido de inserção de artistas espíritas na Quinta Gospel, ele é informado sobre a “impossibilidade de indicação de artistas espíritas (…) por fugir da proposta do evento, destinado ao público evangélico cristão”.

Romero disse nesta terça ter pedido explicações oficiais à Fundac sobre os gastos com a Quinta Gospel. Reforçou o discurso da semana anterior, quando a rejeição à ‘tecnomacumba’ veio à tona, de que não há especificação legal sobre o tipo de religião contemplada pelo evento.

“Nosso entendimento é que há um conflito na lei, ela não especifica qual a religião, deixa em aberto que é gospel, uma manifestação divina e religiosa por meio da música”, detalha o parlamentar. Ele lembra que o estado é laico e é preciso “respeitar a todos”.

Romero disse ter oficiado, também, o MPE (Ministério Público Estadual), para que tome providências legais em relação à negativa, equivocada do ponto de vista dele, a artistas religiosos. Da forma como vem sendo feita, continua ele, contribui-se para a segregação e o preconceito.

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