Mesmo com os protestos quase diários da população brasileira, referentes a problemas sociais relacionados à Copa, Aldo Rebelo encontrou uma saída para defender a realização da competição no país. Para o ministro dos Esportes, o Mundial, que começa na próxima quinta-feira, não é culpado pelos atrasos do país. Pelo contrário: auxilia para que as obras em andamento sejam adiantadas.

“Os atrasos, em sua maioria, não são em relação à Copa do Mundo. Que nós temos uma estrutura deficiente, que causa problemas, não só na mobilidade urbana, mas também na economia, nós sabemos. Que temos problemas na Segurança Pública, nós sabemos. O que nós procuramos foi fazer um esforço para resolver algum desses problemas e antecipar soluções”, alegou o ministro.

Nesta quinta-feira, Aldo Rebelo participou de uma entrevista coletiva que ainda contou com Joseph Blatter e Jérôme Valcke, presidente e secretário-geral da Fifa, respectivamente. Para defender sua tese de que a Copa do Mundo deixará um legado para o país, o ministro utilizou o exemplo de Cuiabá, ainda que a construção do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que melhorará a mobilidade urbana da cidade, não será finalizada antes do mundial.”Um exemplo é o que estamos fazendo em Cuiabá. Um veículo leve sobre trilhos, que, segundo o próprio prefeito da cidade, iria demorar mais 20 ou 30 anos para ser construído. Mas foi antecipado. Infelizmente não ficou pronto para a Copa, mas ficará pronto para o final do ano. Ou seja, a Copa não atrapalhou o VLT, ajudou a antecipar as obras de mobilidade do país”, defendeu Aldo Rebelo.

De acordo com o cronograma, a população de Cuiabá poderá usufruir da novidade apenas no início de 2015, mas os atrasos com relação às obras pelo país parecem não assustar mais. Ao falar sobre os estádios construídos, Aldo Rebelo admitiu que aqueles que não foram usados na Copa das Confederações estão sendo entregues na última hora, mas ainda assim tentou ver um lado positivo.

“Os estádios que não foram entregues na Copa das Confederações sofreram atrasos, mas estão aí, modernos e seguros, como os melhores das mais civilizadas nações do planeta. E as nossas deficiências estamos procurando melhorar a cada dia. Depois de realizar a Copa do Mundo, vamos tornar o nosso país mais justo”, projetou o atual ministro dos Esportes.