Ainda tímidas, campanhas não emplacam nas gráficas que esperam aumentar produção

As gráficas da Capital esperam aumentar a produção durante a corrida eleitoral deste ano, e afirmam que por enquanto, a procura é pouca. Para algumas empresas do setor, um dos motivos para a ausência de demanda seria um atraso no cronograma causado pela Copa do Mundo. Por outro lado, coordenações das campanhas afirmam que ainda […]

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As gráficas da Capital esperam aumentar a produção durante a corrida eleitoral deste ano, e afirmam que por enquanto, a procura é pouca. Para algumas empresas do setor, um dos motivos para a ausência de demanda seria um atraso no cronograma causado pela Copa do Mundo. Por outro lado, coordenações das campanhas afirmam que ainda estão em fase de orçamentos.

“Em relação às últimas eleições, por enquanto, estamos sem movimentação referente a material de campanhas”, afirmou Rafael Bogamil Quirino, 30 anos, diretor comercial da Gráfica Progresso. Segundo ele, a Copa do Mundo acabou atrasando o cronograma.

No mercado há 40 anos, Rafael explicou que no mesmo período em eleições anteriores, o cenário era diferente, com demanda maior, e que hoje, a empresa concedeu férias para alguns funcionários.

A gerente comercial do Centro Gráfico Ruy Barbosa, Ana Marta Abitante, também afirmou que nestas eleições, a procura está fraca. “Ainda está tudo muito parado, não fechamos contratamos, mas apenas elaboramos algumas consultas”, disse Ana Marta. “Nas outras eleições, a movimentação em julho já era maior do que está agora”, informou.

Para ela, as alterações no modo de pagamento para as empresas podem ser uma das razões para a procura tímida nas gráficas. “As regras estão mais rígidas hoje, os comitês precisam fazer os pagamentos em cheque ou transferência, já não podem sacar para fazer vários pagamentos”, disse Ana Marta, que acredita que as campanhas devem investir mais no quadro de colaboradores.

Outra empresa tradicional, a Gráfica Alvorada, informou por meio de sua assessoria, que normalmente ocorre um aumento de demanda em época de eleição, e, mas que ainda não houve uma procura neste ano.

De acordo com a assessoria, o setor sofre algumas alterações em cada eleição, uma vez que a procura depende de pesquisas e número de candidatos. Por enquanto, a empresa, assim como as demais, demonstra cautela em novas contratações.

Já para a Gráfica Pex, que está no mercado há 20 anos, as eleições ajudam a fomentar o setor de outro modo. De acordo com a gerente de marketing, Glaucia Terra, a gráfica que trabalha em offset, não atende a quantidade solicitada pelos comitês. “Não somos tão acessados porque produzimos em pequena quantidade, por isso, os coordenadores de campanha procuram as gráficas tradicionais, que tem maquinário maior”, afirmou Glaucia.

Mesmo sem a produção dos materiais de campanha, as eleições ajudam a gráfica com a migração de clientes. “O que acontece é que alguns clientes, que não conseguem ser atendidos pelas demais gráficas, procuram as gráficas rápidas para trabalhos menores”, disse a gerente de marketing.

A assessoria do Partido Progressista, informou que elaboram levantamento dos custos, mas adiantou que o material será confeccionado dentro do Estado.

O PSTU informou que, a princípio, não será feito nenhum material impresso e que a campanha eleitoral vai priorizar as redes sociais para conquistar o eleitorado.

Já a coordenação de campanha do PSOL informou que também está em fase de levantamento de preços, mas existe a possibilidade do material ser produzido fora do Estado. De acordo com assessoria, a campanha deve começar, de fato, em 1º de agosto.

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