Os trinta metalúrgicos demitidos em massa pela empresa Brascopper, em Três Lagoas, no início do ano por corte de gastos entraram com ação judicial coletiva contra a empresa, pedindo o pagamento das dívidas e danos morais. A Brascopper deve 19 meses de fundo de garantia, décimo terceiro e multa rescisória para os metalúrgicos.

A audiência deve acontecer até o fim de março e há outra marcada para agosto. O Sindicato dos Metalúrgicos de Campo Grande e Região declarou que, após não conseguir acordo com a empresa, teve que entrar com a ação judicial. Segundo o sindicato, não havia previsão de acerto por parte da Brascopper e os trabalhadores precisam do dinheiro.

A reportagem entrou em contato com Eduardo Moreno, administrador da Brascopper em Três Lagoas. Moreno disse não ter recebido “nada oficial” e relatou que a empresa ainda não tem recurso financeiro para acertar os pagamentos dos trinta metalúrgicos.

O caso

No começo de janeiro, trinta metalúrgicos foram demitidos e tiveram o contrato rescindido sem receber multa rescisória. Robson William Souza, presidente do sindicato, revoltou-se com a atitude da empresa. “É um absurdo. Disseram estar passando por dificuldades. Tem metalúrgico que veio do Maranhão e não pode ir embora porque está esperando receber o FGTS, a multa de rescisão”, exemplifica.

Eduardo Moreno, administrador da Brascopper, admitiu a dificuldade financeira que a empresa passa. “Por falta de recursos tivemos que paralisar o setor de laminação e demitir trinta funcionários”, explica.