O vice-presidente do departamento jurídico da Portuguesa, Orlando Cordeiro de Barros, criticou a antiga gestão do clube pelo imbróglio que envolveu a escalação irregular do meia Héverton na última rodada do Brasileirão de 2013 e admitiu que há alguma coisa errada na história, mas prefere ter provas na mão antes de acusar alguém.

“Para cogitar um crime, precisa ter prova. Você não pode ficar apontando para as pessoas sem ter provas. Que há alguma coisa errada, evidente que há, mas precisamos ter muita responsabilidade e calma. Não estou defendendo ninguém. Eles (antiga gestão) deixaram uma herança catastrófica, mas prefiro apurar quietinho e quando tiver condições, eu falo”, disse Orlando

O Ministério Público investiga a possibilidade de gente de dentro da Lusa ter obtido vantagem indevida para favorecer algum outro clube no caso que, por enquanto, rebaixou o clube à Série B. O STJD puniu a Portuguesa a perder quatro pontos pela escalação irregular do jogador na última rodada da competição, contra o Grêmio. O meia havia recebido dois jogos de punição, mas só tinha cumprido um. Quem se deu bem na história foi o Fluminense, que acabou se salvando da degola. Porém, o caso ainda não teve um desfecho e pode acabar na Justiça Comum.

“A gente tinha conhecimento do dia do julgamento do atleta. Não tínhamos nenhum documento que provasse a punição, tanto que só foi publicada na segunda-feira, após o jogo. Em todo o caso, é o promotor que tem de dizer. Aguardo ansioso para que a gente possa punir os culpados caso eles existam. Punir e mandar embora sumariamente”, finalizou.