A advogada Andrea Chaves, de 44 anos, comprou um bolo de fubá no Hiper Center Comper, da Rua Brilhante, no bairro Amambaí, em Campo Grande. “Não fosse o perfeccionismo da minha sogra teríamos comido um bolo de fubá com fungos”, conta.

Andrea foi ao supermercado no dia 16 de fevereiro, acompanhada do marido e da sogra. Viu um bolo de fubá e decidiu comprá-lo. Ao chegar em casa, sua sogra insistiu em tirar o bolo da embalagem de plástico para colocá-lo em um prato. “Foi quando vimos que estava embolorado. Na hora pensei que estava vencido, mas não estava, vencia dia 22”, revela.

A advogada foi ao Comper no dia seguinte reclamar e cobrar atenção com os produtos. “Nem pedi o dinheiro de volta, era um valor irrisório, três reais. Pedi que olhassem melhor os produtos”, disse. Andrea até chegou a cogitar nova “regra”: ou compra comida industrializada ou para fazer. “Estas que ficam em embalagens de plástico têm procedência duvidosa”, explica.

Segundo a advogada, o episódio serviu para ela perceber que “não estão nem aí para o consumidor”. O fato ocorreu e nada foi feito. “Essas coisas acontecem várias vezes em vários supermercados e eles não estão nem aí. E a Vigilância Sanitária, cadê?”, cobrou.

A reportagem entrou em contato com o supermercado, que desconhecia o episódio. Gerente do Comper diz acreditar que o ocorrido se deu por eventual erro de fabricação. “Ou o fornecedor embalou ele quente e ele mofou e estragou”, arrisca.

O gerente ressaltou a importância de os clientes protocolarem a reclamação para que o fornecedor seja avisado, de forma que evite novas situações desagradáveis.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com a Vigilância Sanitária.