O Atlético-PR foi a Buenos Aires enfrentar o Velez Sarsfield e saiu derrotado por 2 a 0, no segundo jogo da fase de grupos da Copa Libertadores. A cena que acabou marcando a derrota aconteceu com o atacante Adriano.

Aquecendo com os demais suplentes desde os 30min do primeiro tempo, o “Imperador” declarou antes da partida que aguentava até 45min em campo. Sua projeção, por outro lado, ficou bem distante de acontecer.

Depois de levar o 1 a 0 com gol de Tobio, ainda no primeiro tempo, imagens do centroavante eram vistas com a clara vontade do jogar entrar no gramado para ajudar a equipe. O segundo aconteceu aos 33min do segundo tempo, quando Lucas Prrato recebeu cruzamento rasteiro e deslocou Weverton para ampliar o placar.

Três minutos depois, o técnico Miguel Ángel Portugal decidiu fazer a terceira alteração na equipe. Anteriormente, colocou Mosquito na vaga de Fran Mérida e Bruno Mendes no lugar de João.

Um integrante da comissão técnica do Atlético-PR saiu correndo e chamou o atacante Adriano. O atleta, visivelmente irritado com o resultado, abriu os braços e questionou: “Agora?”. Após fazer uma cara de quem não gostou, ele se dirigiu ao treinador espanhol, ouviu suas orientações em poucos segundos e entrou aos 37min no lugar de Ederson.

Atuação

Ao entrar faltando oito minutos para terminar a partida, Adriano pouco fez no duelo contra o time argentino. A movimentação, porém foi maior de que sua estreia, na primeira rodada, diante do The Strongest, na Vila Capanema.

Dois minutos depois de entrar, bola cruzada na área por Paulinho Dias e Adriano conseguiu finalizar sem muita direção de cabeça – a bola passou por cima da trave. No minutos finais, o “Imperador” ainda tentou ser acionado em jogadas aéreas, mas sem sucesso. Ele saiu de campo rapidamente e não quis dar entrevistas.

Apoio do companheiro

Além do próprio Adriano ter um com descontentamento com sua entrada tardia e preferir não opinar com o apito final, o zagueiro Manoel não poupou as críticas. Questionado sobre a substituição, o defensor foi direto.

“O Adriano vem treinando muito, com vontade de jogar bem e fazer gol. Infelizmente é o professor quem manda e temos que respeitar”, afirmou o camisa 3 ao fim da derrota por 2 a 0.

Pressão?

O treinador Miguel Ángel Portugal, nos bastidores, sempre se mostrou contrário com a ideia de utilizar Adriano precocemente. Anunciado oficialmente como reforço, o camisa 30 estreou dois dias depois.

A vontade do técnico espanhol era outra. Seu desejo era de que Adriano fosse utilizado apenas na segunda fase do Grupo 1 da Copa Libertadores, entrando aos poucos para ganhar ritmo e poder ser decisivo em fases futuras. A pressão da diretoria e torcida obrigou Miguel Ángel a “mudar” de opinião.