Adolescente envolvida na morte de Erlon era ‘sustentada’ por homem de 50 anos

A casa onde o empresário foi assassinato e enterrado foi alugada por um homem que, supostamente, mantinha relacionamento com a adolescente e sabia que ela saía com outros homens. Ele pode ser indiciado por corrupção de menor.

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A casa onde o empresário foi assassinato e enterrado foi alugada por um homem que, supostamente, mantinha relacionamento com a adolescente e sabia que ela saía com outros homens. Ele pode ser indiciado por corrupção de menor.

A adolescente de 17 anos apreendida por envolvimento na morte do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, de 32 anos, era ‘sustentada’ por um homem de aproximadamente 50 anos. Ele não teve o nome divulgado, mas é o responsável por alugar a casa para a jovem e, segundo testemunhas, bancava todos os gastos da jovem.

Segundo o Midiamax apurou, o homem foi o responsável por assinar o contrato de aluguel do imóvel no bairro São Jorge da Lagoa, na região sudoeste de Campo Grande, onde a jovem morava e onde a quadrilha matou e enterrou o empresário para roubar o carro que ele havia anunciado pelo internet. Ele pagava R$ 350 de aluguel.
 
No momento da negociação com a proprietária, o homem chegou a dizer que a casa seria para uma filha dele, pois ela estaria ‘criando independência’. Entretanto no local servia de moradia para a jovem de 17 anos, com quem ele supostamente teria um relacionamento amoroso.
 
O homem mobiliou toda a casa e ainda financiava a adolescente. Ele pode ser acusado de corrupção de menor. Além disso, a Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos) investiga se ele tinha participação no crime de Erlon Peterson Pereira Bernal, de 32 anos. 
‘Namoradinhos’
Apesar de ser sustentada pelo homem de aproximadamente 50 anos, a jovem tinha alguns “namoradinhos”, que levava para dentro do imóvel e com quem mantinha relações, supostamente, com o consentimento do homem que a sustentava, mas não morava no mesmo imóvel com ela.
 
No domingo (6), dia em que foi encontrado o corpo do empresário, a adolescente foi flagrada dentro do imóvel mantendo relação sexual com um rapaz, que foi liberado pela polícia. Ele não teria participação no assassinato, porém não desconfiou do odor que saía do imóvel.
 
O corpo de Erlon já estava há cinco dias em uma cova, cavada pela quadrilha, ao lado da fossa do imóvel.
 
Caso Erlon
 
Erlon foi atraído pela quadrilha no dia 1ª de abril por meio de um anúncio da internet, onde ele havia oferecido um Golf, de cor prata. A vítima se encontrou com um dos suspeitos próximo a uma fábrica de refrigerantes, que fica na saída para São Paulo. O criminoso convenceu o empresário de ir até o bairro São Jorge da Lagoa – área sudoeste da Capital, para mostrar o carro a uma tia, que seria a nova proprietária. 
No local a vítima percebeu que se tratava de um roubo. Na casa da adolescente, ele foi morto com um tiro na cabeça. O corpo foi arrastado até o quintal e jogado em uma vala, ao lado da fossa. Por cima, foi colocado lixo. Já o carro, foi levado para uma funilaria, onde foi pintado de branco e as placas trocadas. 
De acordo com a Defurv, os envolvidos no crime são: Thiago Henrique Ribeiro, de 21 anos, que trabalha em uma fábrica de refrigerantes na saída para São Paulo, o pedreiro Jeferson dos Santos Souza, de 21 anos, Rafael Diogo, conhecido como “Tartaruga”, de 21 anos, empregado de uma lavanderia de hospital, e o funileiro Athaíde Pereira, de 50 anos. Além de uma adolescente de 17 anos, que teve a identificação preservada, conforme prevê o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

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