Zeca alfineta fazendeiros e questiona se revolta com a União é por medo do governador

Os conflitos pela terra em Mato Grosso do Sul também foram tema da sessão da Câmara de Campo Grande nesta terça-feira (26). O vereador Zeca do PT, questionou os representantes dos produtores rurais presentes e disse que eles estão jogando toda a culpa na União. “Vocês querem jogar a responsabilidade para o Governo Federal. Mas […]

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Os conflitos pela terra em Mato Grosso do Sul também foram tema da sessão da Câmara de Campo Grande nesta terça-feira (26). O vereador Zeca do PT, questionou os representantes dos produtores rurais presentes e disse que eles estão jogando toda a culpa na União.

“Vocês querem jogar a responsabilidade para o Governo Federal. Mas isso é uma posição ideológica ou medo do governador [André Puccinelli – PMDB]?”, questionou Zeca.

Além disso, o vereador, que também é ex-governador, alfinetou os produtores dizendo que se os conflitos estivessem ocorrendo durante o seu governo ele tem a certeza de que os fazendeiros estariam marchando a cavalo nas ruas.

“Não estamos isentando o estadual, que, aliás, a última ida do Puccinelli em Brasília foi após nos reunirmos com o governador, mas a última palavra é da União”, justificou o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Chico Maia.

Maia também se ofereceu a ajudar na negociação com os indígenas, para desocuparem a região Buriti, em Sidrolândia. “Mas eles tem que desocupar para que a conversa seja com mais tranquilidade”, ressaltou.

Para o vereador Carlão (PSB), o povo está cansado de discurso. “Quem fornece essas armas para os índios? Há muita demagogia em cima desta questão. É preciso respeito aos produtores”, disse.

Já Juliana Zorzo (PSC) defendeu que os índios são desrespeitados desde que os portugueses chegaram ao Brasil. “Eles já foram escravizados demais. Na Constituição de 1988 há que o índio tem direito a terra, assim como há a garantia da propriedade a todos. Esses conflitos precisam ser mais debatidos para encontrar uma solução”, afirmou.

Para tanto, será realizada uma audiência pública na Câmara no próximo dia 05 para debater os conflitos pela terra. “Sugiro que antes da audiência chamemos um representante indígena aqui também”, sugeriu Zeca.

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