Vila Mamona vive drama no desfile de retorno ao Grupo Especial
O retorno a Unidos da Vila Mamona ao Grupo Especial do carnaval de Corumbá ganhou contornos dramáticos na madrugada desta terça-feira, 12 de fevereiro. Maria Helena, primeira porta-bandeira da escola, passou mal durante o desfile e foi levada para o pronto-socorro pelo Corpo de Bombeiros. Logo nas primeiras evoluções, em frente à cabine dos jurados […]
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O retorno a Unidos da Vila Mamona ao Grupo Especial do carnaval de Corumbá ganhou contornos dramáticos na madrugada desta terça-feira, 12 de fevereiro. Maria Helena, primeira porta-bandeira da escola, passou mal durante o desfile e foi levada para o pronto-socorro pelo Corpo de Bombeiros.
Logo nas primeiras evoluções, em frente à cabine dos jurados na esquina da avenida General Rondon com a rua 15 de Novembro, a porta-bandeira sentiu-se mal e parou ao lado da torre de som. Ela foi atendida por uma equipe do Samu; tentou prosseguir com a apresentação ao lado do mestre-sala Chiquinho, mas teve de ser levada para atendimento médico emergencial.
Terceira a desfilar, a Vila cantou o privilégio de ser corumbaense e pantaneiro com o enredo “Nas Asas da Águia Viajando Sobre Corumbá – Orgulho de ser Pantaneiro”. Agremiação trouxe 1.300 componentes distribuídos em 18 alas. Mesmo abalados pelo problema de saúde da porta-bandeira, os integrantes da Vila fizeram um desfile em que prevaleceu a raça e a força da comunidade. Todas as alas cantaram o samba.
A Comissão de Frente representou, com 8 bailarinos, os “Guardiões do Tempo em Dialética com a Corumbella Werneri”. Foram os guardiões que deram autorização para o voo da águia pela história de Corumbá. Eles abriram o túnel do tempo para a águia símbolo da Vila Mamona ser recepcionada pelas quatro bailarinas Corumbellas. O abre-alas trouxe a “Explosão da Vida, O Surgimento do Mar de Xaraés” lembrando a criação da região pantaneira dotada de ricas e expressivas fauna e flora.
Ao longo do desfile, a história de Corumbá passou pela avenida. Foram lembradas épocas remotas em alas com “Corumbellas e Estomatólitos”, elementos geológicos e arqueológicos que demonstram presença de vida no Pantanal milhares de anos antes do surgimento do próprio homem.
Ala das baianas foi o “Rio Paraguai:Veia da Vida e do Desenvolvimento”. Os 150 ritmistas da bateria fizeram recuo na 15 de Novembro e representaram Luís de Albuquerque Mello Pereira e Cáceres, fundador de Corumbá. Nas alas houve referências a “Onça Guerreira”, animal que representa a majestade da fauna local; o povo ribeirinho; o eldorado pantaneiro. A guerra contra o Paraguai foi lembrada e a passagem da invasão Paraguai a Corumbá foi contada na ala “Paz-Guerra Nunca Mais”. Ala das crianças lembrou Frei Mariano e a famosa lenda da praga das sandálias.
As alas contaram bem a história e desenvolvimento da cidade localizada no extremo oeste brasileiro e banhada pelo rio Paraguai. Foi possível identificar citações à Marinha do Brasil, instalada no segundo império; o desenvolvimento pecuário do município, que hoje ostenta um dos maiores rebanhos bovinos do Brasil. Carnaval e São João também foram elementos do desfile da Vila.
O ex-prefeito Ruiter Cunha de Oliveira desfilou acompanhado da mulher, a ex-primeira-dama, Beatriz Cavassa de Oliveira. Ele no chão e ela, no carro abre-alas.
Foram seis os carros alegóricos. Além do abre-alas a Vila levou para a General Rondon: “Ladeiras Históricas” retratou a ata da fundação de Corumbá e a ligação entre partes alta e baixa da cidade, proporcionando desenvolvimento. “Europa Tropical Tupiniquim” fez referência a período de europeização da cidade. “Cultura popular- entre o sacro e o profano” lembrou carnaval e festa de São João. Último carro foi “A sabedoria que fica: orgulho pantaneiro”.
Mário Conceição da Silva Moraes, o “Nenê da Vila”, presidente da Unidos da Vila Mamona, afirmou ao Diário que apesar de todas as dificuldades enfrentadas pela escola, a agremiação esteve “muito bonita na avenida”.
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