Vigia nega ter visto Gil Rugai e diz que foi pressionado a apontar suspeitos

O vigilante Valeriano Rodrigues dos Santos, 10ª testemunha a depor no julgamento do publicitário e ex-seminarista Gil Rugai, 29 anos, disse nesta quarta-feira, no Fórum Criminal da Barra Funda (São Paulo), que foi pressionado pela Polícia Civil a confessar ter visto alguém deixando a casa onde Luiz Carlos Rugai e Alessandra de Fátima Troitiño foram […]

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O vigilante Valeriano Rodrigues dos Santos, 10ª testemunha a depor no julgamento do publicitário e ex-seminarista Gil Rugai, 29 anos, disse nesta quarta-feira, no Fórum Criminal da Barra Funda (São Paulo), que foi pressionado pela Polícia Civil a confessar ter visto alguém deixando a casa onde Luiz Carlos Rugai e Alessandra de Fátima Troitiño foram assassinados, em março de 2004. O vigia trabalhava na rua Atibaia, onde ficava uma das duas entradas da residência. Um outro segurança, Domingos Ramos Oliveira de Andrade, que trabalhava na rua Traipu (onde ficava a outra portaria do imóvel), disse ter visto Gil Rugai fugir do local após os disparos que mataram o pai e a madrasta dele – sendo que essa informação foi uma das principais razões por ele ter sido acusado.

Segundo o vigia, na época em que o caso era investigado, um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), cujo nome não foi revelado, “ficou nervoso” ao ouvi-lo dizer que não teria visto ninguém deixando a casa.

“Ele achava que eu tinha visto (algum dos suspeitos) e ficou nervoso porque achou que eu não queria falar. (O delegado) bateu na mesa, apontou pra mim e falou: ‘Você viu. Você viu. Fala que você viu!’”, afirmou o vigia, que foi convidado pela defesa do réu a falar. “Eu disse: ‘não vi nada’, porque eu não vi ninguém mesmo”, completou.

Apesar de ter dito ter sido pressionado pela polícia, o vigia negou ter sofrido qualquer ameaça posterior ao depoimento para mudar sua versão.

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