Vídeo: Nascente ignorada por obra da Prefeitura alaga e destrói casas

Moradores alegam que os problemas são recorrentes e ocorrem devido à autorização da construção das casas em cima de uma nascente

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Moradores alegam que os problemas são recorrentes e ocorrem devido à autorização da construção das casas em cima de uma nascente

Os moradores do bairro Cruzeiro, região norte de Campo Grande, passaram a noite em claro, na madrugada desta terça-feira (12). A tempestade da noite passada inundou ruas e destruiu a estrutura de casas localizadas no encontro das ruas Livramento e Riachão. Os moradores alegam que os problemas são recorrentes e ocorrem devido ao fato de a Prefeitura ter autorizado a construção das casas em cima de uma nascente.

O advogado Ozair Herr, 54 anos, possui um escritório na região, o qual foi destruído com a chuva. “O fundo do meu quintal ficou todo destruído e meu banheiro afundou”, afirma. Com estabelecimento no local há 13 anos, ele afirma que já protocolou dois documentos na prefeitura solicitando providências com relação aos problemas.

“Houve um erro na drenagem da água pluvial. Meu quintal fica praticamente em cima de uma nascente e, mesmo assim, a prefeitura autorizou as pessoas a construírem no local”, relata. Com imóvel avaliado em R$ 1 milhão, o advogado acredita que na atual situação o valor é reduzido à metade.

Outro morador, que preferiu não ter o nome revelado, lembra que em anos anteriores uma pessoa foi levada por uma forte enxurrada. “Na última vez que houve inundação na região, eu perdi o meu carro, pois ele foi arrastado pela força da água”, relembra.

O secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz, confirmou que há problemas no local devido a construções terem sido feitas em cima de uma área de preservação permanente.

De acordo com o secretário, há um projeto no Ministério das Cidades para transposição das microbacias, a fim de amenizar os problemas da região. “Quem mora em cima dessa área está sujeito a transtornos. A solução seria remover essas famílias e realocá-las”, afirma. Conforme Semy, o pedido que tramita no Ministério pode, inclusive, vir com esta exigência.

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