Troca-troca de partido deve afetar até votações na Câmara

O troca-troca de partido que tem concentrado as atenções dos deputados de olho nas eleições de 2014 pode inviabilizar as votações da Câmara desta quarta-feira (2). Segundo o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), os parlamentares querem desembarcar em seus Estados para fazer ajustes eleitorais. Pela legislação eleitoral, para disputar o pleito do ano […]

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O troca-troca de partido que tem concentrado as atenções dos deputados de olho nas eleições de 2014 pode inviabilizar as votações da Câmara desta quarta-feira (2).

Segundo o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), os parlamentares querem desembarcar em seus Estados para fazer ajustes eleitorais.

Pela legislação eleitoral, para disputar o pleito do ano que vem, os candidatos precisam estar filiados a um partido político até o próximo sábado. A data tem provocado um verdadeiro troca-troca de partidos no meio político, especialmente por causa dos recém-criados Solidariedade e Pros. Ao menos 60 parlamentares estão em negociação.

“Amanhã é um quorum prejudicado porque amanhã e quinta-feira são os últimos dias de prazo de filiações partidárias e os deputados todos estão querendo ir para Estados tentar ampliar os seus quadros partidários. É uma realidade das últimas 48 horas desse prazo. Eu temo muito pelo quorum amanhã”, reconheceu Eduardo Alves.

A migração é motivada por divergências locais com os partidos e pela tentativa dos parlamentares de obter melhor condição para as disputas eleitorais.

Os partidos buscam vitaminar suas bancadas porque um maior número de deputados federais representa acréscimo na fatia do fundo partidário e no tempo de propaganda na TV, dois dos principais ativos das siglas.

Apesar de a Justiça Eleitoral ter estipulado em 2007 regras de fidelidade partidária que determinam a perda do mandato de quem muda de sigla, não há punição para a migração a novos partidos, o que tornaram a Solidariedade e o Pros as “estrelas” do atual troca-troca.

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