Torcedor de MT chega a SP e perde jogo do Verdão por venda de mando
Um dos maiores prejudicados pela decisão da diretoria em vender o mando do jogo contra o Ceará, que passou do Pacaembu para Campo Grande (MS), estava na porta da Academia de Futebol nesta terça-feira. O técnico de enfermagem Mateus Bruno mora em Cuiabá (MT), a 600 km de Campo Grande, e já tinha comprado passagem […]
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Um dos maiores prejudicados pela decisão da diretoria em vender o mando do jogo contra o Ceará, que passou do Pacaembu para Campo Grande (MS), estava na porta da Academia de Futebol nesta terça-feira. O técnico de enfermagem Mateus Bruno mora em Cuiabá (MT), a 600 km de Campo Grande, e já tinha comprado passagem para São Paulo em julho com a intenção de ver a partida deste sábado.
“Comprei as passagens, reservei o hotel quatro meses antes, e aconteceu de, na semana passada, o jogo ter mudado pra Campo Grande, que é vizinho da minha cidade. O Palmeiras foi e eu vim”, lamentou o torcedor, que escolheu este jogo porque, no sábado, completará 26 anos de idade. “Vim pra ver o jogo, e o verei pela TV.”
Na viagem que programou,de trajeto com cerca de 1000 km a mais em relação ao deslocamento entre Cuiabá e Campo Grande, Mateus convenceu sua noiva a vir para São Paulo com ele e promete aproveitar a cidade. Para diminuir a frustração de seu lado torcedor, ele também fez questão de se manifestar exibindo no portão do centro de treinamento com uma faixa dizendo “Fica, Gilson Kleina”.
“Já falei com o Kleina ontem (quarta-feira), agradeci e trouxe uma lembrança de Cuiabá: guaraná ralado, que é uma coisa bem tradicional. No elenco tem gente que já me conhece, buzina, fala ‘ô, cuiabano’. Não tem preço que pague isso. Só o prazer de estar aqui, já é uma grande coisa”, comemorou.
O torcedor, ao menos, já acompanhou o time atual. Esteve no Pacaembu na vitória por 1 a 0 sobre União Barbarense, em 24 de fevereiro, pela primeira fase do Campeonato Paulista, e na derrota por 2 a 1 para o Tijuana, em 14 de maio, que eliminou a equipe nas oitavas de final da Libertadores. Sempre apoiando.
“O verdadeiro palmeirense não protesta. Quando o time está ganhando é muito facil, tem que torcer quando está lá embaixo. Nunca sairia da minha cidade para xingar jogador porque é a profissão dele. Eu nunca iria aceitar a família de um paciente meu me xingar”, ensinou o técnico de enfermagem.
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