Taxas de crédito superam os 80% ao ano
Mesmo com a taxa básica de juros no menor porcentual da história os brasileiros continuaram a pagar caro pelos empréstimos. Hoje a Selic está hoje em 8,5% ao ano, mas os consumidores pagam taxas de mais de 80% ao ano, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Uma das explicações, […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Mesmo com a taxa básica de juros no menor porcentual da história os brasileiros continuaram a pagar caro pelos empréstimos. Hoje a Selic está hoje em 8,5% ao ano, mas os consumidores pagam taxas de mais de 80% ao ano, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Uma das explicações, segundo especialistas, é que a taxa cobrada pelos bancos é resultado de cinco fatores. Além do custo de captação, que normalmente é a Selic, também entram nessa equação os impostos do setor, o risco de inadimplência, as despesas administrativas e o lucro dos bancos.
O diretor executivo de estudos financeiros da Anefac, Miguel Oliveira, diz que as taxas de juros diminuíram mais do que a Selic, mas ainda poderiam cair muito mais. “As pessoas não sentem a redução das taxas porque os juros, apesar da queda, ainda estão muito altos.”
Para ele, um dos motivos que permitem juros elevados é a concentração bancária, que reduz a competição entre as instituições. Segundo Oliveira, os dez maiores bancos brasileiros têm quase 90% de todo o sistema financeiro do País.
O professor de economia e finanças da Fundação Dom Cabral Rodrigo Zeidan acredita que outro problema está no tipo de concorrência estabelecida no Brasil. Ele aponta que a disputa não é feita via preço, como deveria. “Numa propaganda de banco, você vê ele dizer que é bonito e tem agência em todo lugar. Você não vê propaganda dizendo: ‘vamos te empresar mais barato’.”
Zeidan lembra que a Justiça também encarece a conta. “Temos um sistema jurídico caro e ineficiente. Se o banco tentar cobrar uma dívida, será caro e demorado”, ponderou. Ele também argumenta que o custo dos empréstimos caiu, mas não o suficiente. “Diminuiu, mas continua inviável.”
Notícias mais lidas agora
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
- Carreta atropela mulher em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
- Papai Noel dos Correios: a três dias para o fim da campanha, 3 mil cartinhas ainda aguardam adoção
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
Últimas Notícias
CNDI aprova moção crítica à elevação dos juros pelo Banco Central
A elevação da Selic para 12,25% ao ano foi criticada pelo setor produtivo
Investigação do RS contra lavagem de dinheiro do narcotráfico tem mandado cumprido em MS
A ofensiva contou com apoio operacional de 200 policiais civis gaúchos e de outros quatro Estados
Caminhão carregado de cerveja derruba carga; população tenta saquear as bebidas
Não houve feridos, segundo a Polícia Rodoviária Federal
Polícia realiza fiscalização contra furto de gado e crime ambiental no Pantanal
Foram realizados levantamentos aéreos e terrestres em propriedades rurais
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.