A principal arma contra o aumento da inflação é a taxa de juros, e não o câmbio. A afirmação, feita em Moscou pelo ministro Guido Mantega, no encontro dos países que compõem o G-20, criou a expectativa no mercado financeiro que a taxa – atualmente de 7,25% ao ano – suba ainda no primeiro semestre deste ano. Se a inflação não ceder espontaneamente, Mantega espera vigilância por parte do Banco Central para tomar as medidas necessárias.

Em janeiro, o índice chegou a 0,86%, maior patamar para o mês nos últimos 10 anos. O ministro, porém, afirmou estar atento para que a alta dos preços não saia de controle.

A declaração de Mantega foi feita na contramão da previsão de que o governo deixaria baixar a cotação do para conter a inflação, que ganhou força nas últimas semanas. A moeda americana chegou a cair para R$ 1,952 nesta sexta-feira (15), mas com a intervenção do BC o dólar acabou fechando em alta de 0,41%, a R$ 1,967. No mesmo encontro do G-20, Christine Lagarde, do , classificou a discussão sobre guerra cambial de “exagerada” e disse não achar que exista um desalinhamento nas cotações.