Sinalizador que matou torcedor atinge 300 km/h e não dispara acidentalmente, diz especialista

O sinalizador que matou o torcedor boliviano no jogo entre Corinthians e San José é o mais potente usado na navegação brasileira para situações de emergência. De acordo com um especialista ouvido pelo UOL Esporte, o chamado foguete manual estrela vermelha com paraquedas atinge a alta velocidade de 300km/h e não há chances de disparo […]

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O sinalizador que matou o torcedor boliviano no jogo entre Corinthians e San José é o mais potente usado na navegação brasileira para situações de emergência. De acordo com um especialista ouvido pelo UOL Esporte, o chamado foguete manual estrela vermelha com paraquedas atinge a alta velocidade de 300km/h e não há chances de disparo acidental.

Segundo Pedro Miranda, diretor presidente da Índios Pirotecnica, a única fabricante de rojões civis no Brasil, o sinalizador que causou a tragédia na Bolívia pode chegar à velocidade de 80 metros por segundo e alcança uma distância de 350 metros de altura.

Ele é usado para navegações de longa distância longe da zona costeira e pode ser visto de uma distância de até 20 milhas. Por isso, não é um aparato barato e custa entre R$ 100,00 e R$ 140,00 no Brasil.

“Esse sinalizador atinge 300km/h e 80m/s. É resistente à queda e suporta temperaturas entre 30 graus negativos e 56 ºC. Não pode cair aceso e não pode ter velocidade de queda superior a 8 m/s”.

Pedro Miranda descarta as chances de disparo acidental no estádio. Segundo ele, os mecanismos de segurança impossibilitam esse tipo de risco e nem uma criança é capaz de ativá-lo por ser preciso do uso da força.

“Ele não aciona sozinho. Pode jogar no chão e na parede que ele não aciona sozinho de forma involuntária. Uma criança não consegue acionar porque precisa fazer força. E também não explode nem se você colocar fogo. Ele vai queimar, mas não explodir”.

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