Economia do estado sentiu a crise mundial, e contratou menos do que o esperado por especialistas. Setor de serviços foi responsável por evitar “desastre” no mercado de trabalho regional

O ano de 2012 encerrou com 24,2 mil de trabalho formais criadas em Mato Grosso do sul, desempenho abaixo do esperado por especialista. O resultado só não foi pior graças ao setor de serviços, responsável por 46% dos postos de serviço abertos no ano passado.

Somando toda a economia regional, foram contratados 304,91 mil pessoas e demitidos 286,69 mil profissionais em 2012, resultando em um saldo de 24,2 mil empregos. Em 2010, foram criadas 28,1 mil vagas, e em 2011, 23,5 mil. “Foi um ano atípico, com um resultado abaixo do esperado, e menor que outros anos”, afirmou o economista Áureo Torres, que analisou os dados emitidos pelo Ministério do Trabalho, na sexta-feira (25).

Para o economista, MS sentiu a crise mundial, o que forçou um crescimento inferior ao esperado, e refletiu diretamente em setores como a indústria e o comércio. 

O resultado regional só não foi pior devido ao setor de serviços, que encerrou o ano passado com 11,3 mil empregos criados, 46% do total das vagas abertas no estado. “É o reflexo direto do aumento de renda da população, que começa a investir mais nos serviços, como em mídia, academia, educação privada e muitos outros”, explicou Torres.

Por outro lado, o agronegócio regional gerou apenas 210 empregos durante todo o ano de 2012, registrando o pior resultado entre os maiores setores da economia.

As informações foram divulgados na sexta-feira (25), pelo Ministério do Trabalho, por meio do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), atualizado mensalmente com dados enviados pelas empresas de todo o país.

Na ponta

Nas cidades, o destaque, em termos percentuais, ficou por conta de Paranaíba, que teve gerou 1,2 mil empregos em 2012, um crescimento de 17% em relação a 2011. Três Lagoas (2,9 mil empregos de saldo e 10,2% de avanço) e Dourados (3,3 mil vagas e 7,6%) completam o ranking.

ficou na oitava posição no avanço da criação de vagas, com aumento de 4,28% (7,9 mil empregos de saldo)

No país

A criação de empregos formais no Brasil somou 1,3 milhão de vagas em todo ano passado, o que representa uma queda de 33% frente ao ano de 2011 (1,94 milhão de vagas).

Trata-se do pior resultado desde 2009, quando foram abertas 1,29 milhão de vagas formais de trabalho no país. Em 2010, foram abertas 2,5 milhões de vagas com carteira assinada.