Sem contato prévio, Muricy percebeu logo que não iria suceder Ney

A torcida são-paulina queria, gritava seu nome na arquibancada, mas Muricy Ramalho não demorou a perceber que não seria o sucessor de Ney Franco. Ao saber pela imprensa que o treinador havia sido demitido, ele teve certeza de que o clube tinha escolhido outro profissional para o cargo. “Sentia que não ia ser chamado, porque […]

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A torcida são-paulina queria, gritava seu nome na arquibancada, mas Muricy Ramalho não demorou a perceber que não seria o sucessor de Ney Franco. Ao saber pela imprensa que o treinador havia sido demitido, ele teve certeza de que o clube tinha escolhido outro profissional para o cargo.

“Sentia que não ia ser chamado, porque conheço como o São Paulo faz. Quando vai trocar técnico, tem outro ali. Como fez comigo quando saí (em 2009). Saí por um lado, dando entrevista, e o Ricardo (Gomes) entrou por outro. Com certeza, quando foi trocar o técnico, já tinha outro engatilhado, e não era eu. Não fui consultado”, disse o treinador, em participação no Mesa Redonda, da TV Gazeta.

Muricy foi demitido do São Paulo quatro anos atrás, depois de um treinamento de sábado. No mesmo dia, Ricardo Gomes foi anunciado pelo clube. Desta vez, passou quase uma semana até que Paulo Autuori assinasse contrato e fosse oficializado. O novo treinador pediu demissão do Vasco dois dias depois da queda de Ney Franco.

Desempregado desde que foi desligado do Santos, no fim de maio, Muricy lamentou não ter sido chamado. “Qual treinador que é convidado para um time deste tamanho e não aceitaria? Ainda mais eu, por tudo que conquistei lá. É claro que teria sido um prazer voltar. Mas passou. O Autuori tem que ter tranquilidade e, com certeza, vai achar o caminho”, falou o técnico tricampeão brasileiro.

O primeiro grande desafio de Autuori, que também tem passagem vitoriosa pelo São Paulo – foi campeão da Libertadores e do Mundial de 2005 – será nesta quarta-feira, diante do Corinthians, na primeira final da Recopa Sul-americana. Após derrota por 2 a 1, ainda sob comando de Ney Franco, o time precisa vencer no Pacaembu.

“É um título importante, principalmente para quem perde. Perdi no São Paulo (em 2006, para o Boca Juniors), e a torcida ficou brava na época. É um título importante, e os dois times vão trabalhar muito duro em cima dele. Não dá para dizer que é um título mais ou menos, é um grande título”, analisou Muricy, campeão da Recopa pelo Santos, na temporada passada.

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