Sem aula para alunos do município, prefeito de Bodoquena diz que está de mãos atadas

Cerca de uma hora após o Midiamax divulgar matéria sobre a briga com os vereadores, o prefeito de Bodoquena, Jun Iti Hada, que estaria viajando segundo assessoria, entrou em contato para afirmar que está “de mãos atadas, após vereadores barrarem suplementação”. A briga pela dotação orçamentária paralisou as aulas de oito escolas do município e […]

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Cerca de uma hora após o Midiamax divulgar matéria sobre a briga com os vereadores, o prefeito de Bodoquena, Jun Iti Hada, que estaria viajando segundo assessoria, entrou em contato para afirmar que está “de mãos atadas, após vereadores barrarem suplementação”.

A briga pela dotação orçamentária paralisou as aulas de oito escolas do município e cancelou oito licitações na cidade, inclusive da merenda escolar, outro fato que impede o recomeço das aulas de quase 1.200 crianças desde o dia 1º de agosto.

Segundo o prefeito, um projeto pedindo a suplementação foi barrado por cinco vereadores da oposição. “Nós já exaurimos os 20% de suplementação orçamentária autorizada pela Câmara, por conta de emendas que tivemos que dar contrapartidas. Temos dinheiro em caixa, mas não podemos mudar de um setor para o outro”, afirmou.

Com isso, os vereadores pediram via ofício um detalhamento de qual será o destino exato de cada nova dotação orçamentária, mas o prefeito afirma não poder discriminar. “Tudo é previsão. De repente tenho um surto e preciso de mais medicamento. Não vou poder usar mais dinheiro para isso? A gente não tem como fazer essa conta exata”, argumentou.

“Eu quero resolver com urgência, mas não posso abrir licitação se não tiver dotação orçamentária para empenhar. Não tem aula sem merenda. Sou prefeito pela terceira vez e nunca vi uma coisa destas”, afirmou.

O prefeito revelou que a atual receita mensal de Bodoquena é de cerca de R$ 1,8 milhão. “Não falta dinheiro, tanto que os professores mesmo parados estão recebendo, porque dinheiro para a folha salarial tem o que falta é entenderem que o recurso previsto para certos setores não foi o suficiente e precisa de mais e a Câmara rejeitou isso”, destacou.

Um novo projeto sobre a suplementação foi encaminhado para a Câmara. Os vereadores derrubaram o pedido de regime de urgência e agora tramita normalmente, tendo até 45 dias para ser votado.

Já as licitações, o prefeito afirmou que há como fazer em 15 dias. “Espero que o Ministério Público intervenha, porque se somar 45 mais os 15 dias os alunos perdem o semestre”, concluiu.

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