Secretária desmente Salute e admite que carne com gordura foi substituída em Ceinfs
Ao contrário do que a Salute disse em depoimento à CPI do Calote, a secretária de Assistência Social, Thais Helena, admitiu nesta terça-feira (19) à Comissão Processante que foram trocadas algumas remessas de carne com gordura pela empresa, que haviam sido enviadas aos Ceinfs. Ela não soube precisar quantas trocas ocorreram, mas disse que foram […]
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Ao contrário do que a Salute disse em depoimento à CPI do Calote, a secretária de Assistência Social, Thais Helena, admitiu nesta terça-feira (19) à Comissão Processante que foram trocadas algumas remessas de carne com gordura pela empresa, que haviam sido enviadas aos Ceinfs.
Ela não soube precisar quantas trocas ocorreram, mas disse que foram pontuais, em creches e em datas diferentes, ou seja não ocorreu em todas ou indício de algum lote estragado. “Não é carne com sebo, é carne com gordura, apesar de que a Organização Mundial da Saúde admite para o consumo humano até 15% de excesso de gordura”, argumentou.
Além disso, a secretária ainda disse que a Salute havia dito que não trocou carne estragada. “Eu não considero carne com gordura como estragada”, diferenciou. Thais também citou que a diretora demitida no último mês, Sônia Lira, após o Ministério Público Estadual divulgar imagens de carne com sebo no Ceinf Cláudio Marcos Mancini o qual coordenava, não notificou a SAS da carne prejudicada.
“Nos outros casos, todas as diretoras notificaram a secretaria, e o produto foi devidamente trocado pela Salute. Um pacote de arroz também foi trocado, após pedido”, afirmou.
Jagás
A secretária também foi questionada quanto ao contrato emergencial da prefeitura com a empresa Jagás. No dia 18 de março ela assinou uma justificativa para a realização do contrato.
“Assinei após orientação da Procuradoria-Geral do Município que outras modalidades de pregão não seriam permitidas por lei e pela necessidade de gás para abastecer nossas unidades educacionais e alimentar 14.500 crianças e mais 930 adultos atendidos”, argumentou.
Além disso, Thais Helena afirmou que sua secretaria constatou que a empresa cumpriu com o contrato e entregou 115 botijões de 45 kg e 225 botijões de 13 kg.
Os vereadores da Comissão questionaram se a secretária conhecia a empresa Jagás e ela afirmou conhecer o fornecedor de sua igreja, mas negou que isso tenha influenciado na escolha da empresa, a qual não partiu de decisão pessoal, mas sim de certame público.
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