São Paulo recua após denúncias e boicote à base, e aguarda acordo
A diretoria do São Paulo recuou após a intensificação das denúncias por supostos aliciamentos de jogadores menores de 16 anos nas categorias de base, e do boicote de outros clubes quanto à participação na Copa São Paulo de 2014. Na sexta-feira, dirigentes são-paulinos enviaram carta à Federação Paulista de Futebol (FPF) e informou que não […]
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A diretoria do São Paulo recuou após a intensificação das denúncias por supostos aliciamentos de jogadores menores de 16 anos nas categorias de base, e do boicote de outros clubes quanto à participação na Copa São Paulo de 2014. Na sexta-feira, dirigentes são-paulinos enviaram carta à Federação Paulista de Futebol (FPF) e informou que não negociará com atletas jovens sem negociar com outros clubes até o fim do ano, enquanto não houver acordo entre as partes.
A carta agradeceu também à FPF por conta do apoio de seu presidente, Marco Polo Del Nero, que fez lobby para que os clubes desistissem do boicote ao São Paulo – conseguiu convencer o Palmeiras, que deixou o movimento contra o rival após o pedido.
Com o recuo, o São Paulo assume compromisso de não praticar mais contratações de atletas sem negócio ou aviso ao clube formador, exatamente o motivo pelo qual sofre acusações desde 2011. Recentemente, a Ponte Preta reclamou de aliciamento ao goleiro Lucas, de 15 anos, que deixou o clube de Campinas para treinar no CT de Cotia, e que vinha sendo convocado para a seleção brasileira sub-17.
A medida é estipulada para até o fim deste ano. Há duas semanas, representantes de clubes de todo o Brasil se encontraram em reunião no Rio de Janeiro para discutir o boicote ao clube paulista na Copa São Paulo. A diretoria são-paulina não firmou acordo, mas fará exatamente o que pedem os autores do boicote enquanto não houver acerto.
Anteriormente, o São Paulo sofreu outras denúncias. Corinthians, Ponte Preta, Atlético-PR, Vasco e Grêmio Prudente foram alguns dos clubes que reclamaram por jogares jovens que deixaram as categorias de base para treinarem em Cotia, sem acordo entre as partes. A partir de então começou a organização contra o São Paulo e as denúncias.
O movimento nasceu com o código de ética firmado entre 39 clubes de todo o Brasil, no início de 2012, em iniciativa liderada por René Simões e Ney Franco. A medida tinha o objetivo de controlar a ação e empresários e proteger os clubes de supostos aliciamentos contra jogadores jovens, que não possuem acordo contratual com os clubes formadores. O São Paulo sempre contestou o código de ética, e disse que não faria parte disso.
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