Um funcionário foi demitido, suspeito de burlar a fila do SUS. A reportagem apurou que ele estaria atuando em parceria com um médico da cardiologista da Santa Casa

A Santa Casa de Campo Grande demitiu no começo do mês um funcionário identificado apenas como João. Ele é suspeito de fazer parte de um esquema que burlava a fila do SUS em cirurgias cardíacas no hospital. A reportagem apurou que ele supostamente atuava em parceria com o médico cardiologista João Jasbik Neto.

Assessoria do hospital não confirmou o nome do servidor nem do médico, mas disse que um funcionário foi afastado suspeito de cometer as irregularidades. O diretor presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco, e a secretaria municipal de saúde, já teriam aberto sindicância interna para apurar o caso.

Não foram divulgados valores cobrados para burlar a fila, mas há indícios que mais de um paciente teria sido ‘beneficiado’ pela situação.

Uma coletiva de imprensa esta agendada amanhã (18) na Santa Casa para esclarecer esse e outros fatos.

Cobrar por cirurgias do Sistema público de Saúde é crime. A irregularidade é prevista no artigo 43 da Lei Federal 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde), que cita que “a gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos serviços públicos contratados”.