Sandálias de Frei Mariano contagia foliões na Avenida de Corumbá

“Vôte, vôte, vôte, vôte! Chispa, chispa, chispa! Fora com o azar, eu quero é folia”, diz a letra do samba do bloco Sandálias de Frei Mariano. E mais uma vez os corumbaenses usaram o carnaval para espantar a ‘praga’ do frei Mariano. Os foliões do bloco tomaram a passarela do samba na noite da quarta-feira, […]

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“Vôte, vôte, vôte, vôte! Chispa, chispa, chispa! Fora com o azar, eu quero é folia”, diz a letra do samba do bloco Sandálias de Frei Mariano. E mais uma vez os corumbaenses usaram o carnaval para espantar a ‘praga’ do frei Mariano. Os foliões do bloco tomaram a passarela do samba na noite da quarta-feira, 06 de fevereiro. Criado em 2006, por iniciativa da então diretora-presidente da Fundação de Cultura, Heloísa Helena da Costa Urt, o bloco traz a ideia de resgatar a história, o brilho e a ingenuidade dos antigos carnavais de Corumbá.

Os foliões esqueceram que era meio de semana e curtiram os primeiros momentos da Festa de Momo 2013. “Participo do bloco há algum tempo. Todos os anos, minhas amigas de serviço e eu fazemos questão de vir e prestigiar. É o nosso carnaval cultural, que nos traz muita alegria e liberdade. Vamos nos divertir e amanhã, trabalhar”, brincou Marilene Escobar, 35 anos.

A funcionária pública Damiana Fardini, 35 anos, disse que o ‘Sandálias’ é um bloco voltado para a família. “Aqui encontramos pessoas muito animadas, faço questão de vir com minhas amigas. Aqui encontramos uma harmonia que é típica de família, podemos trazer as crianças, é algo bem alegre”, destacou. “Gosto muito de participar, o bloco remete aos antigos carnavais que minha mãe me levava quando eu era criança, era uma grande alegria. É um local que garante segurança e muito respeito, por isso participo”, declarou a aposentada Emiliana Ribeiro, 63 anos.

“O carnaval de Corumbá começou da melhor forma possível, com as bênçãos dos devotos do Afoxé e com a irreverência do Sandálias de Frei Mariano. Queremos muita folia com respeito e paz. Será um carnaval para a população e fizemos tudo pensando em um carnaval com muita segurança”, explicou a vice-prefeita e diretora-presidente da Fundação de Cultura, Márcia Rolon.

Lenda

O bloco surgiu com o intuito de brincar com uma das lendas mais fortes de Corumbá. Conta a história, que Frei Mariano de Bagnaia, acusado de não pagar o relógio da igreja que construiu em 1887, vingou-se rogando uma praga contra a cidade de Corumbá e seus moradores. Expulso, ele teria enterrado suas sandálias em lugar incerto, afirmando que o município somente retomaria o desenvolvimento quando elas fossem desenterradas.

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