Rússia recebe chama da Olimpíada de Inverno de Sochi
A chama que arderá na Olimpíada de Inverno de Sochi foi entregue à Rússia neste sábado no estádio de mármore que sediou os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna em 1896. Após uma jornada de seis dias através de 33 cidades na região predominantemente montanhosa do norte da Grécia, a chama que foi acesa no […]
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A chama que arderá na Olimpíada de Inverno de Sochi foi entregue à Rússia neste sábado no estádio de mármore que sediou os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna em 1896.
Após uma jornada de seis dias através de 33 cidades na região predominantemente montanhosa do norte da Grécia, a chama que foi acesa no domingo passado pelos raios do sol no berço dos antigos jogos em Olímpia foi apresentada ao vice-primeiro-ministro russo, Dmitry Kozak.
De seu pouso noturno na antiga Acrópole, a chama viajou pelas ruas de Atenas antes de ser levada ao estádio, construído em 330 A.C., pelo patinador artístico grego Panagiotis Markouzios.
Enquanto ele acendia o caldeirão dourado cercado por sacerdotisas com vestes típicas, a plateia irrompeu aos gritos de “Rússia! Rússia!”
“Estamos especialmente emotivos”, disse Spyros Capralos, chefe do Comitê Olímpico Helênico. “A chama, para nós gregos, é um pedaço de nosso país, uma parte de nossa história e um elo forte com nossos ancestrais”.
A chama será levada de avião em lanternas especiais de segurança de Atenas a Moscou no domingo, quando começa a mais longa travessia em revezamento da história dos Jogos de Inverno a partir da Praça Vermelha.
Mais de noventa por cento da população russa estará a uma hora da chama antes do acendimento do caldeirão olímpico em Sochi, resort do Mar Negro, no dia 7 de fevereiro de 2014.
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu realizar uma Olimpíada “brilhante” para mostrar o quanto a Rússia evoluiu desde o colapso da União Soviética em 1991.
Mas o país tem enfrentado críticas internacionais crescentes por uma nova lei de propaganda anti-gay que seus críticos acreditam ser repressiva, e os preparativos para os Jogos não serão tranquilos para os anfitriões russos.
Ainda neste sábado, um grupo de ativistas gays gregos ergueu a bandeira do arco-íris do lado de fora do museu da Acrópole, em Atenas.
“A Rússia recebe a chama olímpica, um símbolo de ideais humanitários reconhecido mundialmente”, afirmou o grupo Colour Youth (Juventude Colorida) em um comunicado. “Mesmo assim, as leis russas estão longe dos ideais de direitos humanos quando se trata da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros), que é torturada, abusada e discriminada. Escolhemos não ficar quietos neste dia”, diz o documento.
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