Dirigentes do PT de 25 Estados e do Distrito Federal fizeram, em encontro nesta segunda-feira no Diretório Nacional em São Paulo, um balanço sobre as movimentações em torno das candidaturas do senador (PSDB-MG) e da ex-senadora Marina Silva (Rede).

O presidente nacional da sigla, o deputado estadual Rui Falcão (SP), evitou classificar o evento de hoje como uma atividade eleitoral, mas admitiu que um dos objetivos foi fazer um raio-x das articulações dos principais adversários do PT.

“Fizemos um primeiro apanhado sobre as pretensões dos partidos para detectar quem está representando a Rede nos Estados e quem está articulando a candidatura do Aécio”, disse Falcão, após o encontro, que durou cerca de cinco horas. Apenas a executiva do Espírito Santo não enviou representante para a reunião.

Segundo Falcão, o partido realizará um próximo encontro com o mesmo objetivo. A reunião não tem data definida e deve ocorrer fora de São Paulo. O presidente da legenda afirmou que o PT tem intenção de trazer centrais sindicais e movimentos sociais para o próximo encontro.

O deputado disse que a disposição do PT é manter as alianças com os mesmos partidos de sustentação do governo Dilma Rousseff e, “de preferência, ampliar [as alianças].” Entre as siglas que poderia aderir a base de apoio à candidatura de Dilma, Falcão cita o PSD e o PTB, que não apoiou a presidente nas eleições de 2010, mas passou a compor o bloco governista no Congresso a partir de 2011.

Sobre as recentes movimentações do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (), que, nas últimas semanas aproximou-se de adversários petistas, como o tucano José Serra, e passou a fazer críticas ao governo Dilma, indicando que poderá candidatar-se à sucessão em 2014, Falcão afirmou que é natural essa postura.

“O governador Eduardo Campos, enquanto liderança nacional, debate com que ele achar conveniente. Não é nosso papel avaliar com quem ele conversa”, disse o líder petista.