Psicólogo campo-grandense usa técnicas de hipnose para ajudar pacientes a emagrecer
Quando se fala em hipnose, muitos imaginam um cara com olho estalado com um colar nas mãos e um pingente gigante funcionado como um pêndulo. Mas, em Campo Grande, um profissional desmistifica a prática, usada como terapia. Segundo o psicólogo Rodrigo Merjam, a hipnose é uma ciência como outra qualquer da medicina e foi reconhecida […]
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Quando se fala em hipnose, muitos imaginam um cara com olho estalado com um colar nas mãos e um pingente gigante funcionado como um pêndulo. Mas, em Campo Grande, um profissional desmistifica a prática, usada como terapia.
Segundo o psicólogo Rodrigo Merjam, a hipnose é uma ciência como outra qualquer da medicina e foi reconhecida em meados dos anos 90 como tal pelo CFM (Conselho Federal de Medicina).
Merjam explica ainda que a hipnose nada mais é que uma ferramenta, um conjunto de técnicas usadas para atingir com mais facilidade o inconsciente das pessoas e desta forma ajudá-las a mudar comportamentos que de alguma forma está prejudicando ou incomodando o paciente.
Segundo ele, o estado hipnótico é algo fisiológico, natural do organismo, que experimentamos várias vezes ao dia. Segundo ele, inclusive, 95% das nossas ações são realizadas assim, de forma inconsciente. Ou como se diz, no automático. “A consciência está preocupada com alguns aspectos, todo o restante é inconsciente”, diz.
Quando estamos longe, ou ‘viajando’, como dizem, nada mais é que uma espécie de hipnose. Apesar de estarmos presente, a concentração é tamanha que tudo em volta acaba sendo bloqueado da percepção.
A técnica da hipnose é exatamente induzir esse estado e por meio dele mudar o inconsciente e assim nossas ações. Como no estado hipnótico ocorre o bloqueio parcial da ação da mente consciente fica mais fácil sugestionar determinados comportamentos e mudar a forma da pessoa agir, pensar e sentir.
“O senso crítico, que controla tudo o que você faz, fica diminuído, mas a consciência continua ativa. Com isso, se consegue mudar a forma da pessoa agir, pensar e sentir. Por exemplo: se a pessoa se alimenta mal, não consegue emagrecer, tem fobia de alguma coisa, é possível ajudá-la com mudanças de pensamento, de sentimento, e assim de comportamento”, explica Rodrigo.
Há três meses em tratamento, Tainara Souza Pinto Costa, 28 anos, revela que já emagreceu 8,5 kg apenas com a hipnose. Ela conta que quando começou estava desesperançada e não acreditava que atingiria sua meta. Hoje com quase 10 quilos a menos o sonho de atingir o peso ideal está mais perto.
“Quando comecei não acreditava que funcionaria tão bem, mas vim. Tanto que na primeira sessão ele me perguntou quando eu imaginava que conseguiria atingir meu peso ideal e eu disse nunca. Hoje, vejo que até janeiro vou conseguir”, diz animada.
O entusiasmo, inclusive, conta que veio com a hipnose. Antes, ela diz que se sentia muito ansiosa e acabava descontando tudo em doce, pizzas e refrigerantes. Dona de uma pizzaria, a profissão também não ajudava. “Não conseguia resistir”, diz.
Hoje, apesar do convívio diário com as guloseimas, Narinha, como gosta de ser chamada, diz que não sente vontade de comer esses alimentos. Pelo menos não com a intensidade de antes.
Merjam revela que essa mudança se dá com a técnica que aos poucos vai colocando no inconsciente da pessoa que ela precisa se alimentar melhor, escolher alimentos saudáveis e assim a reeducação alimentar da paciente acontece naturalmente, sem sacrifícios ou renúncias.
Entretanto, ele lembra que a técnica só é possível ser aplicada em quem aceita ser tratado com a hipnose. Ele conta que se a pessoa não quiser ser hipnotizada, não é possível fazer.
Por isso, o primeiro passo para conseguir a hipnose coordenada, o chamado rapport, é a confiança entre o terapeuta e o paciente, que poderá se soltar a ponto de ser conduzido na técnica. “Todo o processo é muito mais uma processo de auto-hipnose, porque se a pessoa não quiser ninguém conseguirá fazê-la entrar neste estado. Ela se coloca disponível, e o hipnotizador torna-se apenas um instrumento”, diz.
Aplicações médicas
A hipnose é usada atualmente por vários membros da medicina. Dentistas a utilizam como anestésico natural em pacientes que têm medo de tratamentos e cirurgias dentárias. Outra aplicação da hipnose está no tratamento de problemas musculares e ósseos, como os de coluna, trazendo alívio da dor.
Mas, é na área de psicologia, no tratamento das emoções que podem causar tantos outros danos que ela tem ganhado notoriedade. “Com a hipnose podemos tratar traumas e fobias e curá-los em um período muito mais curto que a terapia tradicional. Em casos de fobia, por exemplo, três quatro sessões se solucionam o problema, enquanto que na tradicional levam-se meses ou até anos”, garante.
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