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Promotora diz à CPI que pessoas têm medo de ajudar nas investigações da Máfia do Câncer

A promotora Paula Volpe foi a Câmara na noite de terça-feira (28) para prestar alguns esclarecimentos a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar irregularidades nos hospitais do Câncer e Universitário. Durante o depoimento, a promotora explicou de onde partiu as investigações e confidenciou que muita gente ainda tem medo de ajudar. Paula contou […]
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A promotora Paula Volpe foi a Câmara na noite de terça-feira (28) para prestar alguns esclarecimentos a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar irregularidades nos hospitais do Câncer e Universitário. Durante o depoimento, a promotora explicou de onde partiu as investigações e confidenciou que muita gente ainda tem medo de ajudar.

Paula contou que está somando esforços para apurar tudo, mas confessou que o trabalho é difícil  porque as pessoas têm medo, dizem que não querem falar ou que não sabem. Porém, a promotora garantiu que tudo virá à tona.

A promotora pediu tranquilidade e lembrou que não é possível atropelar a Polícia Federal, que também investiga outras coisas e não apenas os dois hospitais, assim como a Controladoria Geral da União (CGU) e o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus). “Se houve desvio ou superfaturamento nós vamos entrar com uma ação após a investigação policial”, garantiu.

A investigação do Ministério Público está em 11 volumes de inquérito e algumas informações ainda estão em sigilo. Há investigação sobre suspeita de irregularidades na compra de medicamentos, com contrato de exclusividade e sem descontos, pagamento de empresas com valores acima da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e o sucateamento da rede pública, tendo que se socorrer na rede privada. Neste caso, o Ministério Público investiga porque o Estado recusou um acelerador linear doado pelo Governo Federal em 2012.

A promotora revelou que tudo começou em um inquérito civil iniciado em 2011, quando o Ministério Público começou a apurar o pagamento de algumas despesas que não poderiam ser feitas com a verba da fundação, por ser uma entidade filantrópica. O Ministério Público orientou a direção a parar com os gastos que incluía até pagamento de bolsas de estudo e foi atendido.

A promotora continuou as investigações e descobriu que a diretoria contratava as empresas dos diretores do hospital, o que é proibido. A direção  foi orientada a interromper os contratos, mas segundo Paula Volpe, Adalberto Siufi teria respondido de forma genérica, dizendo que não via irregularidades, já que as empresas estavam prestando serviço.

Diante da situação, a promotora entendeu que havia uma situação grave, que precisava ser interrompida. A partir daí o Ministério Público começou a frequentar o conselho curador do hospital, orientando que isso era proibido. O conselho concordou e reincidiu o contrato. Porém, tempos depois, a empresa de Siufi foi contratada novamente.

As oitivas da CPI continuam nesta quarta-feira (29), às 15 horas, quando o ex-diretor do Hospital Universitário, José Carlos Dorsa,  será ouvido no Plenário Edroim Reverdito,  na Câmara. (Com informações do site da Câmara).

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