Projeto promete agilizar cirurgias plásticas reparadoras para mulheres vítimas de violência doméstica
Mulheres com cicatrizes vítimas de violência doméstica terão acesso a cirurgia plástica reparadora com mais agilidade pelo SUS (Sistema Único de Saúde) a partir desta quarta-feira (2). O projeto lançado pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) e SBCP-SP, em parceria com a empresa The Bridge, promete tornar mais rápido o acesso à operação. A […]
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Mulheres com cicatrizes vítimas de violência doméstica terão acesso a cirurgia plástica reparadora com mais agilidade pelo SUS (Sistema Único de Saúde) a partir desta quarta-feira (2). O projeto lançado pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) e SBCP-SP, em parceria com a empresa The Bridge, promete tornar mais rápido o acesso à operação.
A expectativa inicial é que sejam feitos 600 atendimentos por ano em São Paulo. A intenção é expandir o projeto para demais cidades do Brasil em 2014. Segundo o presidente da SBCP, José Horácio Aboudio, o Rio de Janeiro deverá ser a próxima cidade a receber o projeto.
De acordo com o presidente, hoje em dia, a mulher espera cerca de três anos na fila do SUS para fazer uma cirurgia reparadora. Por meio do programa, a vítima passará por uma triagem e poderá ser atendida em um tempo muito mais curto.
— A cirurgia de reparação só pode ser feita pelo menos seis meses depois da agressão. Primeiro é necessário ver como o corpo responde àquela determinada agressão. Se precisar reparar, vamos fazer com mais agilidade que o SUS, que está caótico. Acreditamos que vamos atender mais fraturas e cicatrizes.
Para ser atendida, a mulher deverá ter feito boletim de ocorrência e ligar para o telefone 0800-7714040 das 18h às 20h.
Aboudio explica que o objetivo é atender a todas as mulheres com marcas, independentemente da gravidade e localização das marcas no corpo.
— A cirurgia tem uma importância tamanha para a autoestima da mulher, uma vez que ela não receberá só a cirurgia de reparação, mas também atenção, acolhida e esperança de futuro.
Violência doméstica
No Brasil, a cada 15 segundos uma mulher é espancada. Na maioria dos casos, o agressor era o companheiro ou cônjuge. E, em 21% das denúncias, o marido era o agressor. Ex-marido e ex-namorado são 12% e 5% respectivamente.
O relato de dados de violência contra a mulher cresceu 18% de 2011 para 2012.
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