Profissionais de saúde preparam-se para atuar na Jornada Mundial da Juventude

A 11 dias da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), profissionais de saúde do estado e do município do Rio de Janeiro e da área federal participaram hoje (12) de um programa de capacitação para atuar em casos de doenças que podem fugir à rotina dos médicos brasileiro. Eles foram treinados também para agir na eventualidade […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A 11 dias da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), profissionais de saúde do estado e do município do Rio de Janeiro e da área federal participaram hoje (12) de um programa de capacitação para atuar em casos de doenças que podem fugir à rotina dos médicos brasileiro. Eles foram treinados também para agir na eventualidade de ocorrer contaminação por material biológico durante o evento.

Marcada para o período de 23 a 29 deste mês, no Rio, a Jornada Mundial da Juventude terá a presença do papa Francisco, em sua primeira viagem ao exterior, desde que foi eleito, em 13 de março deste ano, para substituir Bento XVI, que renunciou em fevereiro. Nascido na Argentina, Francisco é o primeiro para sul-americano.

O encontro para capacitação do pessoal da saúde foi organizado pela Secretaria de Estado e Saúde, que, durante a jornada, coordenará o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde, na Praça XI, região central da cidade. Dez médicos ficarão neste centro para que sejam dadas respostas rápidas aos problemas que ocorram e para monitorar os atendimentos feitos nas unidades de saúde de todo o estado. O atendimento será em tempo integral.

Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Saúde, Alexandre Chieppe, a realização de grandes eventos no Brasil evidencia a necessidade de estruturação da rede de saúde, tanto pública como privada. Ele alertou para o grande número de pessoas de outros países que estarão juntas aqui, durante um espaço de tempo muito curto.

“Por isso, é preciso preparar a rede de saúde para identificar doenças que não circulam no país e que nossos médicos não estão acostumados a diagnosticar e tratar. E, é claro, temos também preocupação com doenças que já estão erradicadas em nosso território, mas que, diante do grande contingente de pessoas circulando pela cidade, podem vir a se manifestar novamente”, disse Chieppe.

Para auxiliar no diagnóstico de doenças inusitadas, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Estado do Rio de Janeiro fez um levantamento das principais doenças em circulação no Brasil e no mundo e reuniu as informações em duas listas. Na primeira, estão as que já foram erradicadas no Brasil ou tiveram poucos registros nos últimos anos, como a poliomielite, a cólera e o sarampo. Do segundo grupo constam doenças como a chikungunya, transmitida pelo Aedes aegypti, comum em países como Indonésia, Índia, Filipinas, Gabão e Iêmen, e o H7N9, novo vírus da gripe, proveniente de países da asiáticos. As duas listas foram repassadas à rede de saúde.

“O controle será feito pelos sintomas. Muitas doenças começam com febre e, dependendo da origem do paciente, fazemos o teste específico para alguma doença circulante no local. Esse é o grande desafio, descobrir de onde as pessoas vêm e preparar o serviço de saúde para estar atento e identificar as enfermidades”, concluiu Chieppe.

Conteúdos relacionados