Professores fazem paralisação no dia 5 de março em Dourados

A categoria reivindica um terço da hora-atividade para planejamento de aula e implantação do piso salarial

Pelo menos 1,8 mil professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) decidiram fazer paralisação de um dia, no próximo dia 5. A decisão ocorreu ontem à tarde durante assembleia da categoria na sede do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted). Entre as ações, está uma concentração em frente ao Centro Administrativo Municipal (Cam), na Coronel Ponciano, no período da manhã.

De acordo com o presidente do Simted , João Vanderlei Bezerra, a medida serve de alerta para uma possível greve por tempo indeterminado da categoria. O motivo está relacionada a uma falta de proposta da prefeitura em relação as reivindicações da categoria. “Nós estamos nos reunindo, conversando, mas nada de concreto é nos apresentado pelo Executivo”, destaca.

De acordo João Vanderlei, a categoria reivindica 1/3 (um terço) da hora-atividade para o planejamento da aula, a implantação do piso salarial com base em 20 horas semanais, e a inserção definitiva dos administrativos no Plano de Cargos e Carreiras até a data base da categoria, que acontece no dia 1º de abril.

Sobre a questão salarial, João Vanderlei ressalta que enquanto prefeitos e governadores propõem somente acordo conforme a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a proposta nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) é reajuste do piso com o INPC atrelado à 50% do fundo da educação básica (Fundeb), Segundo o presidente, em todo o Estado, 18 municípios já implantaram a hora atividade, que é uma lei federal nas escolas municipais. Na rede estadual todas as escolas já estariam se adequanto a lei depois de uma disputa judicial que deu ganho de causa aos professores.Conforme ele, a expectativa é de que 100% das escolas municipais de Dourados paralisem as atividades no próximo dia 5. No dia 6 as aulas são retomadas normalmente.

Outro lado

A Secretária de Educação, Marinisa Mizoguchi, disse que tem atendido na medida do possível a todas as reivindicações da categoria de acordo com a disponibilidade da prefeitura. Ela citou como o exemplo a recente inserção dos assistentes pedagógicos no quadro de cargos do magistério; uma reivindicação antiga da categoria.

Em relação a hora-atividade, a secretária diz que a medida traria uma despesa de R$ 1,9 milhão para a prefeitura, que hoje não dispõe de orçamento. Mesmo assim ela diz que todas as reivindicações, incluindo a hora atividade e o PCCR estão em fase de estudos pela prefeitura, que busca uma alternativa viável.