Professores da rede municipal de Dourados decidem hoje se encerram greve

Parte dos trabalhadores em educação da rede municipal de ensino de Dourados que está em greve há mais de uma semana decide hoje se retoma às aulas. A categoria fará assembleia na sede do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted). A convocação foi feita pela diretoria do Simted, após uma série de reuniões realizadas […]

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Parte dos trabalhadores em educação da rede municipal de ensino de Dourados que está em greve há mais de uma semana decide hoje se retoma às aulas. A categoria fará assembleia na sede do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted). A convocação foi feita pela diretoria do Simted, após uma série de reuniões realizadas na semana passada com o prefeito Murilo Zauith, a secretária municipal de Educação, Marinisia Mizoguchi e diretores das escolas.

O presidente do Simted, João Azevedo, disse que estava satisfeito com o andamento das negociações, principalmente pela abertura dessas conversas tratadas pessoalmente com o próprio prefeito. Após a recomposição do piso nacional para R$ 1.567,00 de 40 horas semanais, mais a regência, votada pela Câmara de Vereadores, o município entregou a proposta para a implantação de 1/3 de hora-atividade, uma das principais motivações da greve. No momento que for aprovado na Câmara, entrará em vigor com efeitos retroativos a janeiro deste ano. Segundo a secretária Marinisia, a implantação de 1/3 da hora-atividade dará um impacto de R$ 2,9 milhões na folha de pagamento do município. Essa proposta será colocada em votação durante a assembleia de hoje.

Outro ponto reivindicado pelos trabalhadores administrativos das escolas, que é a retomada da jornada de seis horas, foi discutido durante reunião com o prefeito Murilo e diretores das escolas na quinta-feira passada. Os diretores decidiram adotar o expediente de 6 horas para os administrativos efetivos com o mesmo quadro de trabalhadores. O prefeito concordou com a decisão, mas com a condição de que não pode ter aumento nos gastos, diante da inviabilidade econômica do município.

“Não vejo motivo nenhum para os professores estarem em greve. Sobre as demais reivindicações, estamos conversando e vamos continuar conversando com a categoria. Os projetos pedagógicos estão sendo implantados”, afirmou o prefeito aos diretores na semana passada.

O presidente do Simted disse na semana passada que vai colocar as propostas avaliadas pela categoria hoje, mas a decisão, se acaba ou não com a greve, é deles. “Sabemos que não vamos conseguir obter todas as reivindicações da pauta, mas nosso objetivo é esgotar todas as negociações, inclusive dos programas que são prioridades, principalmente nas escolas localizadas em bairros muito pobres”, lembrou Azevedo.

Entre as outras reivindicações, a categoria quer a recomposição salarial dos administrativos, defasado em 18%; piso de 20 horas aos professores para ser implantado em quatro anos; o retorno do reforço escolar, conhecido como ‘PAE’ e a volta dos professores (especializados pelo Núcleo de Técnologia) às salas de tecnologia das escolas.

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