Problema de visão causa mau aproveitamento escolar
O oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, revela que um estudo conduzido por ele com professores das escolas públicas de Campinas, mostra que das 365 crianças que começaram a usar óculos de grau durante projeto desenvolvido pelo braço social do hospital, 51,1% passaram a concluir tarefas que antes não conseguiam finalizar. Ele diz […]
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O oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, revela que um estudo conduzido por ele com professores das escolas públicas de Campinas, mostra que das 365 crianças que começaram a usar óculos de grau durante projeto desenvolvido pelo braço social do hospital, 51,1% passaram a concluir tarefas que antes não conseguiam finalizar.
Ele diz que ao contrário do que muitos médicos têm diagnosticado, muitas crianças têm apenas problema de visão e não transtorno de déficit de atenção (TDAH).
A pesquisa feita por ele aponta que 36,2% das crianças ficaram menos agitadas e 57% ganharam concentração. Significa que um par de óculos pode eliminar alguns dos principais comportamentos que caracterizam o TDAH – falta de atenção, agitação, dificuldade de concentração e de relacionamento interpessoal.
Para Queiroz Neto a influência da visão no comportamento é um dos fatores que explica o resultado de uma pesquisa brasileira apresentada no 3º Congresso Mundial de TDAH em 2011. Segundo os pesquisadores a maioria dos usuários do medicamento teve diagnóstico errado. De 128 crianças que tomavam o remédio só 27,3% tinham a doença.
Queiroz Neto ressalta que na infância o vício de refração de maior prevalência é a hipermetropia – dificuldade de enxergar de perto. A doença atinge 39% das crianças que têm alguma alteração refrativa.
Ele lembra ainda que o uso indiscriminado do metilfenidato pode causar hipermetropia acomodativa, uma dificuldade temporária de enxergar de perto. “Isso acontece porque o medicamento dilata a pupila e o olho perde o poder de acomodação para perto que é a capacidade de focar imagens próximas”, afirma.
O problema é que a prescrição do medicamento se concentra no período escolar. Por isso a criança pode ter dificuldade de se preparar para as provas.
O médico afirma que todo início de ano letivo deve ser feita uma avaliação visual para garantir o bom desempenho escolar. A primeira avaliação pode ser feita em teste disponível aqui. Os testes são autoexplicativos e adequados para cada faixa etária, mas não substituem a consulta médica.
(Com informações da assessoria de imprensa)
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