Presidente sírio cometeu crimes de guerra e contra a humanidade, conclui ONU

A alta comissária das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse hoje (2), pela primeira vez, que várias provas reunidas indicam a responsabilidade por crimes de guerra e contra a humanidade do presidente sírio, Bashar Al Assad. “A comissão de inquérito [do Conselho de Direitos Humanos da ONU] apresentou enorme quantidade de […]

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A alta comissária das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse hoje (2), pela primeira vez, que várias provas reunidas indicam a responsabilidade por crimes de guerra e contra a humanidade do presidente sírio, Bashar Al Assad.

“A comissão de inquérito [do Conselho de Direitos Humanos da ONU] apresentou enorme quantidade de provas sobre crimes de guerra e crimes contra a humanidade. As provas indicam uma responsabilidade do mais alto nível do governo, incluindo do chefe do Estado”, informou Navi Pillay.

A comissão de inquérito foi estabelecida no dia 22 de agosto de 2011, por uma resolução do Conselho de Direitos Humanos. O grupo tem como missão investigar quaisquer violações dos direitos humanos desde de março de 2011 e identificar os culpados para garantir a realização de um julgamento.

No último relatório, publicado em 11 de setembro, a comissão acusou o regime de crimes contra a humanidade e crimes de guerra, sem se referir, no entanto, a qualquer pessoa, tampouco ao presidente Bashar Al Assad.

A comissão, que não teve autorização para ir à Síria, fundamenta seu trabalho em mais de 2 mil entrevistas, feitas desde que foi criada, com pessoas que estão na Síria e em países vizinhos. Foi elaborada uma lista confidencial, atualizada frequentemente, de suspeitos de terem cometidos crimes no país. Essa lista foi entregue à alta comissária da ONU.

Navi Pillay explicou que pretender fazer um inquérito judicial nacional ou internacional que permita julgar responsáveis pelos crimes. A guerra na Síria causou mais de 125 mil mortes desde março de 2011, de acordo com o último balanço do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

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