Prefeitura estuda mudanças e obra do Centro de Belas Artes pode ficar mais cara

A Prefeitura de Campo Grande estuda alterar a obra do Centro de Belas Artes, no Jardim Cabreúva. O objetivo é atender a um pedido dos representantes da cultura de Campo Grande, que querem a inclusão do ARCA (Arquivo Histórico) do município e uma biblioteca pública no prédio. O projeto original foi feito há quatro anos e o orçamento […]

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A Prefeitura de Campo Grande estuda alterar a obra do Centro de Belas Artes, no Jardim Cabreúva. O objetivo é atender a um pedido dos representantes da cultura de Campo Grande, que querem a inclusão do ARCA (Arquivo Histórico) do município e uma biblioteca pública no prédio. O projeto original foi feito há quatro anos e o orçamento inicial dá conta de gastos em torno de R$ 36,1 milhões. Com os pedidos de mudanças, mais recursos serão necessários.

A estimativa é de que pelo menos outros R$ 965 mil tenham que ser liberados, somente para conclusão desta etapa da obra – a última, antes do acabamento e aquisição de equipamentos – conforme o secretário de Infraestrutura de Campo Grande, Semy Ferraz. A contrapartida virá do município, afirma. Para entrega do Centro, prevista para 2015, serão precisos outros R$ 7 milhões, calcula o secretário.

Até agora, dois repasses já foram feitos pelo Ministério do Turismo – um de R$ 5,85 milhões, em 2008, e outro de R$ 2,9 milhões, em 2010, conforme informações da pasta. O município entrou com R$ 1,8 milhão, até o momento.

“Notamos uma incompatibilidade do projeto e o que, na realidade, precisa ser executado”, explica Ferraz.

Projeto foi alterado no ano passado para atender pedido da Fundac

No ano passado, o projeto já havia sido alterado para abrigar o ARCA. “Diminuímos a área onde seria a orquestra, e abrimos espaço para o arquivo porque era um pedido. É uma questão de contextualização, porque ali também terá um lugar para música, e um rol de exposições permanentes”, explica o arquiteto e autor do projeto Inácio Nessimian.

O impasse, agora, vem para atender pedido da Fundac (Fundação Municipal de Cultura) e do Conselho Municipal de Cultura. “Uma biblioteca seria o ideal para ficar no Centro. Muitos estudantes passariam pelo local para ter acesso aos livros, e teriam oportunidade de ficar no meio de um espaço totalmente cultural”, defende o presidente da fundação, Júlio Cabral.

“Vamos ouvir todos os representantes da cultura local e quem tiver interesse em se manifestar”, garante Ângelo Arruda, do conselho de cultura.

“Não adianta fechar um projeto que, mais tarde, tenha que ser modificado novamente ou que não atenda às necessidades da população. É melhor discutir agora e ficar uma coisa legal, do que, no futuro, ficar uma sensação de que alguma coisa deixou de ser feita”, acrescenta Cabral.

O projeto final do Centro de Belas Artes será encaminhado para a prefeitura na quinta-feira (23). Depois disso, Fundac e o Fórum de Cultura analisam e têm o prazo de 48 horas para enviar sugestões de ajustes.

A obra deve ser concluída até 2015, conforme a Fundac. “Já levantamos toda as despesas necessárias e aguardamos a contrapartida do município para dar andamento ao projeto”, afirma Ferraz.

O Centro de Belas Artes ficará no local onde, há 23 anos, começou a ser construída a Estação Rodoviária de Campo Grande.

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