Prefeitura autoriza empréstimo de R$ 70 milhões para Santa Casa e estuda aumentar repasse
A prefeitura de Campo Grande vai autorizar o empréstimo de R$ 70 milhões para a Santa Casa. O financiamento será para que o hospital consiga quitar as dívidas de curto prazo que, caso não fossem pagas, poderiam paralisar o atendimento a pacientes em alguns setores. No total, a dívida é estimada em R$ 160 milhões. A […]
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A prefeitura de Campo Grande vai autorizar o empréstimo de R$ 70 milhões para a Santa Casa. O financiamento será para que o hospital consiga quitar as dívidas de curto prazo que, caso não fossem pagas, poderiam paralisar o atendimento a pacientes em alguns setores. No total, a dívida é estimada em R$ 160 milhões.
A administração municipal também estuda aumentar o repasse mensal dos atuais R$ 14,6 milhões para R$17,6 milhões, que correspondem a verba do SUS (Sistema Único de Saúde).
A autorização do empréstimo foi decidida ontem (30), durante reunião entre o prefeito Alcides Bernal (PP) e diretores da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) – que administra a Santa Casa. Hoje, a Santa Casa está sob gestão municipal, por isso, era preciso autorização da prefeitura para que o empréstimo fosse solicitado. O crédito será cedido pela Caixa Econômica Federal.
Já o aumento do repasse foi solicitado pelo presidente da ABCG, Wilson Teslenco, que, durante o encontro, apresentou relatório das finanças do hospital que apontam déficit mensal de R$ 3 milhões.
Bernal condiciona repasse maior à denúncias ao MP e CPI da Saúde
Em contrapartida, Bernal pede a comprovação dos serviços realizados. “Como gestor público, só posso autorizar o pagamento daquilo que for comprovadamente executado”, disse o prefeito. Para comprovar a qualidade do atendimento na Santa Casa, um corpo técnico da prefeitura – ainda a ser formulado – fiscalizará o hospital.
Outra condição imposta é que a ABCG denuncie ao Ministério Público a atual situação da Santa Casa. Além disso, a atual gestão deverá elaborar relatório para ser enviado à Câmara de Vereadores, onde foi instaurada a CPI da Saúde para investigam irregularidades no uso do dinheiro público no setor.
“É preciso que os gestores denunciem os responsáveis por esta situação caótica que se encontra a Santa Casa. Um hospital que consome tanto dinheiro não pode oferecer um serviço de má qualidade como o que vemos hoje”, defende Bernal.
Segundo o prefeito, o relatório entregue pelos gestores da ABCG será analisado para, só então, o aumento do repasse ser autorizado. “Algumas mudanças na forma como a verba é usada ainda precisam ser discutidas. Os 84% do repasse que hoje estão comprometidos com a folha de pagamento, por exemplo, são inadmissíveis”, justifica . A posição de Bernal deve ser anunciada na semana que vem.
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