O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), defendeu o deputado estadual Amarildo Cruz (PT) durante evento do PT em Campo Grande. Bernal disse que o presidente da CPI da Saúde da Assembleia Legislativa está sofrendo perseguição implacável por buscar a verdade.

“O Amarildo está sendo perseguido por coronéis que sabem que vão perder e não aceitam ser desmascarados. Ele está sofrendo perseguição e tem a minha solidariedade e compromisso de apoio”, discursou, sem mencionar a falta de prestação de contas até o momento do presidente da CPI.

Amarildo Cruz também usou o tempo dado a ele na reunião do partido para se defender das críticas que vem sofrendo pelo valor de, aproximadamente, R$ 350 mil gastos pela CPI da Saúde. Ele também avaliou que sofre perseguição porque teve a grandeza de fazer um voto paralelo.

O deputado petista admitiu que o maior custo da CPI foi com a contratação de um consultor, mas não revelou o valor. Ele disse apenas que na próxima semana a Assembleia divulgará o valor gasto e criticou a tentativa do grupo do PMDB de desviar o foco.

 Mea-culpa

Durante discurso, Amarildo acabou admitindo que o gasto foi grande diante do resultado final. “O problema não é o que foi gasto, mas onde chegamos..

Apesar das críticas, o deputado disse que teve a grandeza e coragem de fazer o enfrentamento, mostrando ao partido e a sociedade de que lado está. Irritado, ele chegou a questionar qual o objetivo da CPI. “Não era para fazer uma CPI de verdade?”, indagou.

O deputado também rebateu as comparações entre gastos de CPI’s feitas na Assembleia. Ele perguntou se alguém presente no evento tinha acesso ao que foi gasto em outras CPI’s. “Não me venham com ilações. Os nossos gastos vão ser publicados. Quero discutir os R$ 10 milhões do GISA, o Hospital do Câncer, Hospital Universitário, desmandos do Governo do Estado”, criticou.