Prefeito avisa que não transformará administração em jogo ‘de dá cargo que te apóio’

Pressionado de vários lados por mais cargos, o prefeito Alcides Bernal avisou, neste sábado (23), que não transformará a Prefeitura de Campo Grande em “jogo de dá aqui que te dou ali”. Ele defendeu a prática da política de propostas, porém, prometeu não se furtar do diálogo com os partidos.

A declaração foi em resposta ao pleito da cúpula tucana de mais uma secretaria na administração e de carta branca na pasta da Educação de da Fundação Municipal de Esportes. O PSDB alega que os dois secretários escolhidos para representar a sigla na prefeitura não passaram pelo crivo partidário e são indicações pessoais do prefeito.

Além do PSDB, os dois vereadores pelo PR condicionam apoio a administração em troca do comando de uma secretaria. Na Câmara Municipal, a base de Bernal é composta por nove dos 29 vereadores. Sem maioria, ele sofreu várias derrotas no legislativo.

Questionado sobre com vem lidando com a resistência da oposição, Bernal afastou dificuldades. “Normal, ouvindo as criticas, aproveitando aquelas que são propositivas, não dando importância às intrigas, não fazendo da nossa administração um jogo de dá aqui que te dou ali, vamos trabalhar”, sentenciou.

Despejo dos vereadores

Sobre o novo endereço dos vereadores que, por decisão judicial, têm seis meses para procurar nova casa, Bernal informou consultar os campo-grandenses. “Vou ouvir a população, através de pesquisas, vamos decidir o melhor, garantindo a dignidade do Poder Legislativo”, destacou.

No facebook, o prefeito fez enquete para começar a ouvir a população. Na consulta, a maioria sugere a antiga rodoviária para abrir os vereadores. “E uma opção, tem várias opções”, comentou.

Em relação à proposta de desapropriação do prédio, defendida pelo presidente da Câmara, vereador Mário César (PMDB), Bernal questionou o motivo de a atitude não ter sido tomada antes. “O Mário César fazer parte do PMDB, fez parte do governo que deixou de efetuar o pagamento dos aluguéis, se ele tinha conhecimento de que era um caminho, porque não foi feito?”, indagou.