Com 17 notificações confirmadas, 25 amostras à espera dos resultados laboratoriais e um caso do tipo hemorrágico – cuja paciente já se recupera -, Porto Murtinho intensifica a campanha de prevenção e combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue. A 437 km de Campo Grande e na fronteira com o Paraguai – o principal marco divisório é o rio de mesmo nome -, o Município tem cerca de 16 mil habitantes e ainda socorre demandas dos vizinhos do outro país, sobretudo na área de saúde.

Uma das primeiras providências do prefeito Heitor Miranda dos Santos (PT) ao assumir foi iniciar um combate sistemático ao mosquito e conclamar a população a adotar todas as medidas preventivas necessárias. Também entrou em contato com as autoridades de localidades paraguaias da região – Isla Marguerita, Carmelo Peralta e Vallemy – para que fizessem o mesmo, embora sabendo que no país vizinho a estrutura operacional é bastante deficiente. O secretário municipal de Saúde, Chico Netto, informou que além dos servidores da Pasta e de outras repartições, a campanha anti-dengue envolve a comunidade e conta com o apoio de órgãos estaduais e instituições civis.

Até o método de borrifação está sendo mais efetivo nos últimos dias. Antes, as equipes faziam aplicações periódicas, com borrifações de veneno à distância, por meio de veículos apropriados. Agora, o combate ao mosquito é feito mais de perto : os servidores levam nas costas o equipamento de armazenagem do veneno e borrifam diretamente dentro das residências, quintais e terrenos baldios com os jatos lançados diretamente sobre todos os locais que podem armazenar água e servirem de criadouros do aedes.De longe, a escala de eficiência da borrifação é de 40%; de perto, esse índice passa dos 70%.

Para o prefeito, a campanha será permanente e não perderá a intensidade, até que a ameaça da doença esteja afastada. Porém, garante que a situação está sob controle. “O mais importante é que a sociedade, como um todo, man tenha-se atenta e operante, no sentido de prevenir-se contra o mosquito, não permitir que se acumule lixo nem água parada e procurar sempre a orientação da Secretaria de Saúde para saber como agir. Só o poder público não é suficiente para bloquear a proliferação do aedes”, afirmou o prefeito.