O físico britânico Peter Higgs disse nesta terça-feira (8) que se sentiu “assombrado” por ter vencido o Prêmio Nobel de Física 2013 ao lado do belga François Englert em função do trabalho que postulou a existência da partícula subatômica conhecida como Bóson de Higgs.

Em declaração divulgada por meio da Universidade de Edimburgo, da Escócia, Higgs, de 84 anos, também parabenizou a todos os que se esforçaram para realizar o estudo.

A Real Academia de Ciências da Suécia, em Estocolmo, argumentou que os dois pesquisadores foram premiados por “seu descobrimento teórico de um mecanismo que contribui para nosso entendimento da origem das partículas subatômicas com massa”.

Higgs, que é professor emérito de física teórica da Universidade de Edimburgo, disse estar “assombrado por receber o prêmio” e transmitiu seu “agradecimento à Real Academia Sueca”.

“Também queria parabenizar a todos aqueles que contribuíram para o descobrimento desta nova partícula”, acrescentou.

Em sua nota, Higgs também agradeceu a sua família, seus amigos e seus colegas, além do apoio recebido, e manifestou sua esperança de que este “reconhecimento da ciência fundamental” ajude a melhorar o “valor da pesquisa teórica”.

O reitor da universidade escocesa, Timothy O’Shea, expressou grande alegria pelo prêmio e felicitou o professor.

“O descobrimento da partícula de Higgs apoiará a próxima geração de pesquisa física e este prêmio é um digno reconhecimento de sua importância”, explicou.

O CERN (Centro Europeu de Física de Partículas) confirmou recentemente o descobrimento “com toda probabilidade” do Bóson de Higgs, que explica como a matéria adquire sua massa e confirma assim o modelo padrão que rege a física do Universo como a conhecemos.

Neste ano, Higgs recebeu o Prêmio Príncipe de Astúrias de Pesquisa Científica e Técnica.

Higgs e Englert previram em 1964, ao mesmo tempo e de maneira independente, a existência do bóson, a partícula com a qual as outras interagem e que faz com que “adquiram” uma massa determinada.v