Um grupo de representantes de entidades de ensino, pesquisa e do setor produtivo e empresarial estiveram reunidos nessa sexta-feira (25) para elaboração de uma pesquisa que vai apontar o custo de produção de eucalipto em Mato Grosso do Sul.

A pesquisa, que irá utilizar metodologia da Universidade Federal de Viçosa (MG), vai levantar os preços dos principais insumos da cadeia produtiva. A iniciativa conta com o apoio da Confederação de Agricultura e Pecuaria do Brasil (CNA).

“O objetivo é proporcionar ao produtor rural informações para que ele planeje sua atividade. O primeiro passo é analisar para quem ele vai vender e assim saber o que vai plantar”, explica o engenheiro agrônomo da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), Leonardo Carlotto.

Os resultados, que devem ser divulgados no final de fevereiro, serão trabalhados em uma cartilha de orientação. A reunião do grupo de trabalho para custificação da produção de eucalipto no MS, feita durante o Showtec 2013, em Maracaju (MS) contou com a participação de representantes da Famasul, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS), da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas de MS (Reflore), da Embrapa e do Grupo Mutum.

Eucalipto

Em Mato Grosso do Sul, a área plantada de eucalipto chega a 600 mil hectares, segundo dados da Reflore, o que representa um aumento de 500% se comparado aos 120 mil hectares em 2006. A previsão é de que o território destinado ao seu cultivo chegue em 1 milhão de hectares até 2030.

Os principais gargalos do setor são a falta de mão de qualificada, altas cargas tributárias e a falta de infraestrutura e logística para escoamento da produção. “A produção de eucalipto precisa de planejamento porque é uma atividade que vai gerar renda após sete anos de cultivo”, complementa o presidente da Reflore, Dito Mário.